Procon registra mais de 1 000 queixas contra universidades paulistas
Estudantes reclamam de cobranças de mensalidades, não entrega de documentos e problemas com contratos
O Procon de São Paulo divulgou nesta segunda-feira o número de reclamações contra universidades do estado. Os grupos Uniesp e Anhanguera ficaram no primeiro e segundo lugares respectivamente e a Uninove em terceiro. É a segunda vez que o órgão faz um levantamento sobre as queixas relativas ao centros de ensino.
Ao todo, foram recebidas 1 171 denúncias em 2014, 42 a mais que no ano passado. Destas, 64% dizem respeito às três primeiras colocadas do ranking. Em quase metade dos casos, o principal problema se refere à cobrança. Outras demandas, como o não fornecimento de documentos escolares, problemas com contrato e prestação de serviços, totalizam 48% das reclamações.
Procurados, os grupos educacionais atribuíram suas posições à grande quantidade de unidades e alunos que possuem. “Vale ressaltar que a Uniesp representa, no estado de São Paulo, 86 unidades, sobre as quais recaíram 402 reclamações –ou, em média, apenas 0,51 reclamação mensal por unidade”, disse em nota a assessoria de imprensa da universidade.
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O mesmo argumento foi usado pela Anhanguera: “A Anhanguera Educacional esclarece que o número de 192 CPIs (Cartas de Informação Preliminar) emitidas pelo Procon representa menos de 0,04% do total de 462 mil alunos da instituição.”
A Uninove, por sua vez, afirmou que as 156 reclamações recebidas têm “baixa representatividade” e disse que possui o melhor índice de solução dentre todas as Instituições de Ensino no Estado de São Paulo, com 87% dos casos solucionados. A taxa de resolução recomendada pelo Procon é de 95%.