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Prefeitura usa 11 bombas para tentar escoar área alagada na zona leste

Solução definitiva de drenagem para Arthur Alvim só estará pronta no final de abril, diz prefeito Ricardo Nunes

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 15 mar 2022, 18h18 - Publicado em 15 mar 2022, 18h05
Imagem mostra área alagada pelas águas da chuva; um carro está submerso e nível da água chega à metade das construções
Via de bairro da zona leste debaixo de água da chuva (Arquivo Pessoal//CristielaineF/Reprodução)
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Para tentar escoar vias alagadas em Arthur Alvim, na zona leste da cidade de São Paulo, a Prefeitura de São Paulo está usando 11 bombas, algumas delas emprestadas da Sabesp. O local costuma registrar acúmulo de água sempre que chove, entretanto, o volume registrado nos últimos dias deixou veículos, casas e pontos comerciais inteiros submersos, cenas que não fazem parte desse cotidiano caótico no verão.

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O motivo é que além das fortes chuvas que atingem várias partes da capital neste março chuvoso, sobretudo a zona leste, a situação foi agravada por uma obra realizada pela prefeitura para tentar recuperar uma galeria pluvial que cedeu na semana passada sob os trilhos da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

A cratera foi aberta no dia 8 deste mês, após a terra onde passam os trilhos da linha 11-Coral ceder. Com isso, a circulação de trens entre as estações Tatuapé e Corinthians-Itaquera foi afetada e só foi normalizada dois dias depois.

Em entrevista à TV Globo nesta terça-feira, o secretário de Infraestrutura Urbana e Obras, Marcos Monteiro, confirmou que para tentar evitar a erosão e acelerar a recuperação do pavimento para que os trens pudessem passar, foi usada argamassa. Na prática, a tubulação ficou “entupida” de concreto, impedindo que a água acumulada em vias do bairro fosse drenada.

“Por isso essa decisão radical, uma decisão difícil de ser tomada, mas a gente teve que tomar essa decisão pra preservar a segurança das linhas”, disse, em entrevista ao “Bom Dia São Paulo”.

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Ao comentar o assunto nesta terça-feira, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) lembrou que a região sempre apresentou problemas, já que era uma área onde passava um córrego. Apesar disso, ele classificou a situação como “muito preocupante” e que a prefeitura está prestando atendimento aos moradores e comerciantes.

“Vamos ter um período ruim em março”, afirmou.

Entretanto, disse que uma solução definitiva para a região só deve ficar pronta em 45 dias. Esse é o prazo de construção de um novo sistema de drenagem.

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Memória

Reportagem publicada em fevereiro deste ano pela VEJA São Paulo mostrou que a gestão Nunes não gastou todo o dinheiro reservado ao combate de enchentes e à prevenção de alagamentos em 2021, segundo levantamento da Rede Nossa São Paulo feito a pedido da Vejinha.

Entre outras coisas, a reportagem mostrou que vários especialistas já alertavam que as chuvas seriam acima da média na cidade.

Nesta terça-feira a cidade de São Paulo voltou a ser castigada por fortes chuvas. Foram registrados um total de 25 pontos de alagamento. Desta vez a região mais atingida foi a zona norte, segundo os dados do CGE-SP (Centro de Gerenciamento de Emergências da Prefeitura de São Paulo). Foram anotados 71,8 mm de chuva na Vila Maria e Vila Guilherme;  e 49,2 mm em Santana/Tucuruvi. Outra região bastante afetada foi a zona oeste, onde foram anotados 43,8 mm de chuva em Pinheiros.

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Até as 16h, o Corpo de Bombeiros tinha atendido a 12 chamados de enchentes,  9 pedidos de atendimentos por queda de árvores e dois desabamentos. Um desses desabamentos foi parte do muro do cemitério do Araçá, no Pacaembu, na zona oeste.

Imagens divulgadas pela TV Globo mostraram um canteiro de obras da linha 6-laranja do Metrô totalmente alagado.

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