Polícia Civil aprova nova demissão do Delegado da Cunha

Ofensas a integrantes da instituição motivaram a punição; cabe ao governador decidir se exonera o delegado, que é candidato a deputado federal

Por Redação VEJA São Paulo SEGUIR SEGUINDO
Atualizado em 26 ago 2022, 11h48 - Publicado em 26 ago 2022, 11h01

Foto de delegado de farda e distintivo — (Facebook/Reprodução)

O Conselho da Polícia Civil aprovou uma nova proposta de demissão do delegado Carlos Alberto da Cunha, conhecido como Da Cunha nas redes sociais. De acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo, a punição foi resultado de ofensas feitas pelo delegado a chefes da Polícia, a quem ele chamou de “ratos”. A decisão será encaminhada ao governador Rodrigo Garcia (PSDB), que decide se irá ou não exonerá-lo.

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Da Cunha, que atualmente está afastado de suas funções porque é candidato a deputado federal pelo PP, faz sucesso nas redes sociais há alguns anos, com vídeos e publicações contando o dia a dia de seu trabalho e suas opiniões sobre a segurança pública. No Instagram, acumula mais de 2 milhões de seguidores enquanto seu canal no YouTube tem 3,7 milhões de inscritos.

Esta não é a primeira vez que o delegado é alvo de processo administrativo. Em maio, o conselho havia aprovado sua demissão porque ele publicou um vídeo em seu canal do YouTube afirmando que prendeu um suposto chefe da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), o que não era verdade.

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Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que de acordo com a Lei Orgânica da Polícia do Estado de São Paulo, “há prazo de 30 dias para que o Delegado Geral, dentro de sua alçada, aplique eventuais penas ou peça que outras instâncias o façam, conforme suas competências” e que Da Cunha teve o pedido de desincompatibilização aceito pela Polícia Civil para concorrer a cargo público nas eleições deste ano em 29 de junho, e que o afastamento é remunerado.