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PMs cobriram câmera corporal ao matar homem durante abordagem em Osasco

Inquérito da Corregedoria aponta indícios de fraude processual; agentes chegaram a ser presos, mas Justiça Militar determinou soltura

Por Hyndara Freitas
Atualizado em 22 jul 2022, 09h35 - Publicado em 21 jul 2022, 16h43
Viaturas da Polícia Militar de São Paulo.
Viaturas da Polícia Militar (Danilo Giunchetti/Divulgação)
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Três policiais militares estão sendo investigados por fraude processual após terem encoberto as câmeras em seus uniformes para esconder o momento em que atiraram em um homem em Osasco, na Grande São Paulo. O caso ocorreu no dia 12 de julho, e os agentes chegaram a ficar presos até que, na última quarta (20), a Justiça Militar concedeu um habeas corpus determinando a soltura deles.

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De acordo com inquérito aberto pela Corregedoria da PM para investigar as circunstâncias da morte, um tenente e dois cabos entraram em um matagal na noite do dia 12 para tentar encontrar suspeitos de terem roubado um carro próximo à Rodovia Anhanguera. Lá, eles se depararam com um dos suspeitos.

Segundo o relato dos policiais, este homem teria levantado as mãos a fim de se entregar, porém, de forma repentina, pegou uma arma e disparou contra os agentes, que teriam reagido, dando dois tiros no suspeito. Foi chamada uma ambulância, mas foi constatado óbito no local.

Entretanto, a investigação encontrou “divergências nos relatos dos policiais envolvidos”. As imagens das câmeras operacionais portáteis – que ficam na parte frontal dos uniformes dos PMs a fim de gravar todas as ações e abordagens – estavam obstruídas porque os agentes colocaram seus fuzis e suas mãos na frente das câmeras. Além disso, há indícios que uma arma encontrada com o homem morto foi colocada pelos próprios militares “com o fito de legitimar a ação”. As informações constam do processo que tramita na Justiça Militar.

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A Polícia Militar e o Ministério Público pediram a prisão dos três agentes, o que foi concedido pela Justiça no último sábado (16). A defesa deles impetrou um habeas corpus e, na última quarta (20), o juiz Clovis Santinon, do Tribunal de Justiça Militar de São Paulo (TJMSP), determinou a soltura, argumentando que “o inquérito policial militar não está concluído, não havendo, neste momento, sequer denúncia em desfavor dos pacientes” e que não há motivos para manter a prisão.

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