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Placas de bronze são furtadas do Cemitério da Consolação

Ao todo foram cinquenta peças roubadas, entre elas a da família Suplicy. Prejuízo passa de 10 500 reais

Por Thaís Oliveira Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Adriana Farias Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 10 ago 2017, 16h47 - Publicado em 10 ago 2017, 16h24
Lápides que tiveram as placas retiradas: mais de 10 500 reais em prejuízos (Veja São Paulo/Veja SP)
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Foram furtadas na madrugada desta quarta (9) mais de cinquenta placas de bronze e outros adereços tumulares no Cemitério da Consolação, na região central. Mais antiga necrópole da cidade (foi fundada em 1858), o lugar é tombado pelo patrimônio histórico e reúne cerca de 200 obras de arte catalogadas pela USP.

Cada placa pesa entre dois e três quilos e custa cerca de 200 reais em lojas especializadas. Nesse caso, o prejuízo seria de mais de 10 600 reais. Isso sem contar o valor artístico e simbólico de cada uma. Uma das que foram roubadas, por exemplo, pertencia à família Suplicy – essa peça foi deixada no meio do caminho pelo ladrão.

As placas são chumbadas nos túmulos com pinos de alumínio e, na manhã de quarta, todos eles estavam quebrados. A principal suspeita é de que o criminoso tenha pulado o muro da Rua Sergipe, onde foram encontradas algumas delas no chão. Três crucifixos também foram arrancados. “Não faz sentido que um museu não tenha sequer um funcionário na porta. Mesmo durante o dia, qualquer um pode entrar e levar o que quiser”, lamenta Francisco Gomes Machado, diretor do Movimento de Defesa do Cemitério da Consolação (MDCC).

Câmeras de segurança de um local vizinho flagraram a ação do bandido; assista:

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A entidade luta pela instalação de guaritas nas duas entradas do cemitério, que sofre há décadas com furtos, vandalismo e o descaso do poder público. “Fizemos duas reuniões [com o Serviço Funerário e com a Secretaria Municipal de Segurança Urbana], mas não fomos ouvidos.”

“Em matéria de zeladoria melhorou bastante, está nota dez. Mas não podemos dizer o mesmo da segurança”, diz Machado, que também atua como vice-presidente do Conselho de Segurança (Conseg) dos bairros de Santa Cecília, Campos Elíseos, Barra Funda e Higienópolis. O boletim de ocorrência foi registrado no 4o DP (Consolação) às 17h30.

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Em nota, o Serviço Funerário do Município de São Paulo informou que o número de rondas feitas pela Guarda Civil Metropolitana foi reforçado em todos os 22 cemitérios municipais. “Nos cinco primeiros meses deste ano, foram efetuadas 11 319 rondas, quase o dobro das rondas feitas em todo o ano de 2016, que totalizaram 6.926”, diz o texto. Já a Secretaria Municipal de Segurança Urbana, responsável pela GCM, promete a instalação de câmeras de segurança em todas as necrópoles, ainda sem previsão.

 

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