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PF faz megaoperação contra desvios na saúde e educação em Guarujá

Entre as medidas autorizadas pela Justiça Federal, está o bloqueio de R$ 110 milhões em bens e valores dos envolvidos

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 29 mar 2022, 11h11 - Publicado em 29 mar 2022, 11h09
homens com camiseta da polícia federal entram em prédio
Agentes da PF cumpriram 55 mandados em oito cidades (Controladoria Geral da União/Divulgação)
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A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (29) uma grande operação para apurar fraudes nas contratações das áreas de saúde e educação realizadas pela Prefeitura de Guarujá, na Baixada Santista.

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Além de mais de 220 agentes da PF, a ação conta ainda com auditores da CGU (Controladoria-Geral da União). Foram cumpridos 55 mandados de busca e apreensão. Além de Guarujá, a operação aconteceu em outras cidades da Baixada (Santos e São Vicente); Grande São Paulo (São Paulo, Carapicuíba e São Bernardo do Campo); Campos do Jordão, no interior paulista; e ainda na cidade mineira de Brazópolis.

Essa é a segunda fase operação batizada de Nacar (leia ao final do texto o significado do nome), que começou em setembro do ano passado. Na primeira fase, foram constatadas fraudes em contratos da merenda (programa de alimentação escolar) da ordem de R$ 30 milhões.

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As investigações, que contam com auxílio do TCU (Tribunal de Contas da União), têm como objetivo combater possíveis crimes e desvios de dinheiro dos cofres públicos feitos por um grupo criminoso que se valeu da contratação de OSs (organizações sociais), para gerir serviços de saúde educação no município litorâneo.

Alguns dos contratos fraudulentos foram firmados para o enfrentamento da Covid-19, segundo a CGU.

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Entre as medidas determinadas peja Justiça Federal estão o bloqueio de mais de R$ 110 milhões de bens e valores dos acusados de cometerem as fraudes, além do afastamento de pessoas que foram indicas para ocuparem cargos públicos (comissionados) e também contratados.

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A Prefeitura de Guarujá confirmou em nota que os agentes da PF estiveram em dois prédios: Moacir dos Santos Filho e Raphael Vitiello, mas não deu mais detalhes. “Como se trata de investigação sob segredo de justiça e ainda em curso, a Prefeitura aguarda outras informações”, informa a nota.

O nome da operação

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Segundo explicação da PF, o nome da operação se dá pois a cidade de Guarujá era conhecida como “Pérola do Atlântico” (nácar é a substância liberada pela ostra para se proteger e conter o corpo estranho), e o número 19 se refere a Covid-19. As investigações apuram se verbas destinadas pelo governo federal à cidade para combater a pandemia do novo coronavírus foram desviadas.

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