Perícia conclui que incêndio na Cinemateca, em São Paulo, foi acidental
Chamas começaram após problemas na limpeza da tubulação do sistema de ar-condicionado, diz conclusão
A Polícia Federal concluiu as investigações sobre as causas do incêndio que atingiu o prédio da Cinemateca, na Vila Leopoldina, em São Paulo, em julho de 2021. Segundo a perícia, o incêndio começou depois de problemas na limpeza da tubulação do sistema de ar-condicionado.
“Segundo o laudo da PF os peritos consideraram a causa do incêndio como acidental, durante a manutenção do sistema de climatização realizado por empresa terceirizada”, informou a Secretaria Especial de Cultura, em nota.
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O Fantástico, da TV Globo, mostrou detalhes do ocorrido em reportagem exibida no domingo (10). De acordo com o noticiário, houve limpeza da tubulação do sistema de ar-condicionado e, no dia exato do incêndio, técnicos trabalharam em uma condensadora na laje do galpão.
Para a limpeza do encanamento, os técnicos usaram uma solda para abrir buracos e injetar o formiato de metila, um líquido que evapora muito facilmente a 32ºC e é altamente inflamável.
Segundo a perícia, não houve a limpeza correta do produto. Quando os técnicos terminaram o trabalho, soldaram os buracos abertos, colocando uma fonte de calor intensa na tubulação que ainda tinha o formiato de metila.
Um vazamento nos tubos de ar-condicionado, de acordo com a conclusão da perícia, pode ter formado uma poça de formiato de metila, o que teria dado início ao fogo. Ainda segundo a perícia, não havia um sistema de detecção de incêndio no lugar, o que pode ter contribuído para a propagação das chamas.
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A Cinemateca era gerida pela secretaria especial de Cultura, do Governo Federal, na época do ocorrido. O órgão contratou a empresa Chilleer para a limpeza do ar-condicionado. À reportagem da Globo, a companhia negou que usou solda no início no incêndio.
A Chilleer diz que era “final do expediente e os técnicos estavam se preparando pra ir embora” e que “redobrou a atenção nas manutenções realizadas na cinemateca”, além de que “o risco de incêndio em razão da precariedade nos sistemas de climatização e ausência de manutenção nos sistemas elétricos foi informado antes da execução dos serviços”.