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Parada Gay sem trios elétricos

Casas noturnas e sites retiram seus carros da passeata

Por Sara Duarte
Atualizado em 5 dez 2016, 19h31 - Publicado em 18 set 2009, 20h27
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  • Entre os gays, costuma-se usar o termo “babado forte” para falar de confusões e afins. Pois a expressão vem sendo utilizada com frequência após as negociações entre a associação da Parada Gay paulistana e os donos de casas noturnas, cujas relações não andam nada cordiais. O arco-íris ficou cinza devido a discordâncias financeiras que levaram a uma debandada de boates e sites. Em 2008, seis trios elétricos de empresas de entretenimento participaram do desfile. A próxima edição, marcada para 14 de junho, corre o risco de ter somente dois: um da drag queen Salete Campari e outro de um guia de endereços GLS. É que a Associação da Parada do Orgulho de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transgêneros (GLBT), ONG de São Paulo que promove a passeata, aumentou de 5 000 para 10 000 reais a taxa de inscrição. Além disso, cada nome de patrocinador exibido nos carros irá custar 5?000 reais adicionais – o que até faz sentido, pois a marca ficará exposta a um público estimado pelos organizadores de cerca de 3 milhões de pessoas. De quebra, cada empresa terá de contratar o dobro do número de seguranças exigido nas edições anteriores. Somados taxas e gastos com aluguel de equipamentos, DJs e decoração, a conta não fica em menos de 40 000 reais. “Tantas restrições tornam nossa participação inviável”, afirma André Almada, proprietário da The Week.

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    Ricardo Morellato, dono da boate SoGo, aponta outra razão para a queda de braço. “Os clubes, que levam o público, pagam caro, enquanto ONGs e sindicatos desfilam como convidados.” De fato, a associação isenta de taxa de inscrição as entidades de classe e do chamado terceiro setor. “Elas lutam pela causa o ano todo, não vão à avenida fazer marketing”, rebate Manoel Zanini, diretor-geral da parada. Algumas exigências da organização evidenciam que o clima será mais de ativismo político que de badalação. Será proibido contratar cantores ou usar microfone nos trios. Organizações como a CUT e o Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo terão um minuto de fala para reivindicações. A cada meia hora, o som dos DJs será interrompido para a execução do jingle Sem Homofobia, Mais Cidadania. Pela Isonomia dos Direitos, tema da festa neste ano. “A alma do evento era a disputa entre as casas para ver quem levava os melhores DJs e os foliões mais animados, mas isso acabou”, lamenta Jamil Pessoa, sócio da Bubu Lounge Disco. Alexandre Santos, presidente da Parada Gay, diz que nenhum empresário descontente o procurou para negociar. “Nosso lema é a inclusão.”

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    Passeata milionária

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    3 milhões de pessoas

    participaram da última edição (estimativa dos organizadores)

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    1 milhão de reais

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    foi o orçamento de 2008

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    920 000 reais

    desse valor vieram de órgãos governamentais

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    40 000 reais

    é o custo médio para ter um carro no evento

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    10 000 reais

    é a taxa de inscrição cobrada de casas noturnas e sites

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    320 000 turistas

    vieram à cidade por causa da Parada Gay

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    Fontes: São Paulo Turismo e Associação da Parada do Orgulho GLBT

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