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Operadoras de saúde denunciam golpe de 40 milhões de reais

Notícia-crime enviada à Promotoria paulista indica que Amil, Bradesco, Porto Saúde e SulAmérica foram alvo de empresas falsas que pediram 35 000 reembolsos

Por Clayton Freitas
Atualizado em 14 out 2022, 16h08 - Publicado em 14 out 2022, 16h06
Planos de saúde
Planos de saúde (Daniel E Carotenuto / Getty Images/Veja SP)
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Uma notícia-crime enviada ao Ministério Público Estadual indica que quatro das principais operadoras de saúde do país, a Amil, Bradesco, Porto Saúde e SulAmérica, foram alvo de golpes de empresas de fachada e podem ter levado um prejuízo de 40 milhões de reais.

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O documento foi entregue pela entidade que representa as operadoras, a FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar), ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), que deverá ser o responsável pela investigação. Ele dá conta do envolvimento de 179 empresas de fachada que atuam em São Paulo.

O esquema montado por essas empresas consistia em apresentar notas fiscais com pedidos de reembolso. O reembolso é feito quando um cliente de um plano de saúde quer realizar uma consulta com um profissional de sua confiança que eventualmente não atende pela operadora. Nesse caso, o cliente pede o ressarcimento do valor ao plano de saúde para poder pagar essa despesa.

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Investigações feitas pelas operadoras de saúde constataram que as empresas envolvidas não possuíam endereço físico, os beneficiários eram laranjas e os prestadores de serviços médicos eram falsos. Apesar disso, os falsos beneficiários pediam e conseguiam reembolso, porém, o serviço não era prestado. Ao todo estavam envolvidos 579 beneficiários e foram feitas 34 973 pedidos de reembolsos.

Como o próprio nome diz, a notícia-crime é uma comunicação oficial pedindo para que um fato seja investigado. Caberá aos promotores avaliarem se de fato as denúncias de organização criminosa, falsidade ideológica e estelionato procedem para que os envolvidos possam ser denunciados.

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Em nota, o advogado criminalista que atua no caso, Rodrigo Fragoso, afirmou se tratar de quadrilhas e que o esquema pode ser ainda maior do aquele já apurado até agora. “É somente a ponta de um iceberg muito maior”, informou, em nota.

Os nomes das empresas de fachada e os beneficiários não foram divulgados.

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