ONU pede investigação ‘imediata’ de operação na Baixada Santista
Defensoria Pública também solicitou término da ação e afastamento de policiais envolvidos em mortes
O Alto Comissariado para Direitos Humanos das Nações Unidas pediu nesta quarta-feira (2) que a Operação Escudo, deflagrada na última quinta-feira (27) na Baixada Santista e que deixou 16 mortos, seja investigada de forma “imediata, completa e imparcial”.
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A porta-voz da entidade, Marta Hurtado, afirmou preocupação com as mortes e pediu que a investigação seja feita “de acordo com os padrões internacionais relevantes, particularmente o Protocolo de Minnesota sobre a Investigação de Mortes Potencialmente Ilegais, e que os responsáveis sejam responsabilizados”.
A operação teve início após o assassinato do soldado Patrick Bastos Reis, da Rota, enquanto patrulhava uma comunidade no Guarujá. Desde então, a polícia apreendeu 58 suspeitos de envolvimento com o crime organizado e tráfico de drogas no litoral paulista.
Porém, os moradores da região denunciaram casos de tortura e ameaça pelos policiais em represália ao ocorrido. Movimentos sociais pediram visita da comissão formada pela OAB, Ouvidoria da Polícia e do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana. O grupo adiou a coleta de depoimentos de familiares das vítimas por conta dos confrontos no local.
Nesta quarta (2), a Defensoria Pública enviou um ofício ao governo estadual para que a operação seja interrompida e solicitou o afastamento de policiais envolvidos nas mortes, segundo informações do G1.