Foi durante uma viagem à Espanha, há dois anos, que os pais de José Pedro, 11 anos, perceberam que algo não ia bem. Ele andava com dificuldade, cansava-se rápido e teve assadura nas pernas. Na hora de comprar uma bermuda, nenhum modelo juvenil serviu. Tiveram de levar uma tamanho 40. “Vi quanto ele estava gordo”, recorda o pai, José Lopes. “A verdade é que no dia a dia convivemos pouco com os filhos e nem sempre percebemos o que se passa.” O garoto não comia frutas nem verduras, tampouco tomava água — no copo, só entrava refrigerante. O endocrinologista pediátrico Eduardo Calliari ensinou-os por onde começar. “O primeiro passo é tirar o que não faz bem para, aos poucos, inserir coisas mais saudáveis”, afirma. Outro ponto fundamental é ser paciente. José Pedro levou dois anos e meio para chegar ao peso ideal. “Mas o benefício será para o resto da vida”, explica Calliari. Com o rosto afilado, o garoto mudou o visual. Parou de esconder-se atrás da enorme franja e passou a cortar o cabelo com máquina.
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