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Nomeada para cargo na Secretaria da Mulher é contra aborto em caso de estupro

Teresinha de Almeida Ramos Neves, que foi assessora especial de Damares Alves, será secretária-executiva da pasta criada por Tarcísio

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 20 jan 2023, 11h44 - Publicado em 20 jan 2023, 11h43
Teresinha Ramos Neves e Damares Alves.
 (Facebook/Reprodução)
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A Secretaria de Políticas para a Mulher do governo estadual terá como secretária-executiva Teresinha de Almeida Ramos Neves, que já se manifestou contrariamente ao aborto mesmo em casos de estupro.

Ela foi assessora especial e diretora do Departamento de Promoção da Dignidade da Mulher do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos na gestão Damares Alves.

Em 2012, Teresinha fez uma publicação em um blog pessoal dizendo que “a vida se sobrepõe” mesmo quando o bebê é fruto de um abuso sexual. “Imaginem se todos que, a princípio, não têm condições financeiras para criar seus filhos optassem por matá-los, como se fazia antigamente… Ainda que o feto seja especial, resultado de estupro, a vida sobrepõe! Há vida desde a concepção, portanto, aborto é infanticídio”, escreveu na ocasião.

+ “O PSDB colheu o que plantou: uma série de erros”, diz Felício Ramuth

A nomeação foi publicada no Diário Oficial desta sexta-feira (20), e foi assinada pelo governador em exercício Felício Ramuth (PSD), já que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) está em Davos participando do Fórum Econômico Mundial.

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Promessa de campanha, a Secretaria de Políticas para a Mulher foi criada por Tarcísio no primeiro dia de seu governo, e tem como titular Sonaira Fernandes (Republicanos), vereadora que foi eleita com o apoio de Jair Bolsonaro (PL) em 2020.

Na última terça-feira (17), Sonaira fez uma publicação no Twitter criticando a decisão do presidente Lula (PT) retirar o Brasil de aliança internacional antiaborto, o que ela chamou de “retrocesso”.

O aborto no Brasil é permitido pela lei em casos de estupro, de fetos anencefálicos e quando a gestação representa risco de morte para a mãe.

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