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No Estado de SP, rodovia mais fiscalizada por radares tem menos mortes

Desde 2015, o sistema paulista de segurança no trânsito registra as mortes por acidente, incluindo as que acontecem em hospitais, após a remoção das vítimas

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
17 abr 2019, 11h51
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  • A rodovia paulista mais vigiada por radares registrou 31% menos mortes em acidentes de trânsito do que a estrada com uma quantidade cinco vezes menor de medidores. Nos meses de janeiro e fevereiro dos últimos cinco anos, 78 pessoas morreram na Rio-Santos (SP-55), com 74 radares fixos. No trecho paulista da Régis (BR-116), com 14 radares, houve 113 mortes no mesmo período, segundo dados do Infosiga.

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    Desde 2015, o sistema paulista de segurança no trânsito registra as mortes por acidente, incluindo as que acontecem em hospitais, após a remoção das vítimas.

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    As duas rodovias têm quase a mesma extensão e estão entre as estradas mais violentas de São Paulo. A SP-55 começa em Miracatu e vai até Ubatuba, divisa com o Rio, percorrendo praticamente todo o litoral, ao longo de 336 km. O trecho paulista da Régis vai da capital à divisa com o Paraná – 300 quilômetros. A via federal é toda duplicada, enquanto a SP-55 tem um terço em pista dupla. As duas passam por serras e têm muitas curvas. Na Rio-Santos, há um radar a cada 4,5 quilômetros. Na Régis, a média é de um a cada 21,4 km.

    Os dados do Infosiga mostram que, nos dois primeiros meses deste ano, o número de mortes foi quase igual nas duas estradas – 18 na Régis e 16 na Rio-Santos. No ano passado, essa diferença foi acentuada – 27 óbitos ante 10 – e se mantinha grande desde 2017, quando 28 pessoas morreram na via federal e 11 na estadual. Apenas em 2016 a SP-55 teve mais mortes que a BR-116 – 24 a 22. No ano anterior, houve 18 óbitos na Régis e 17 na Rio-Santos.

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    Conforme o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), o elevado número de radares na SP-55 se justifica porque a rodovia corta muitas áreas urbanas. Do total, 39 são do tipo lombada eletrônica, equipamento que informa ao motorista a velocidade.

    Opiniões

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    O motorista Anderson Simões, de 35 anos, faz entregas para uma transportadora de Santos e usa a estrada todo dia. “De Bertioga a São Sebastião, chega a ser incômodo tanto radar e lombada, mas acho que é preciso. Tem muito pedestre e ciclista”, observa.

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    Na Régis, a maior concentração de radares está nos 33 km da Serra do Cafezal, onde cinco sensores flagram motoristas acima de 60 km/h. De acordo com a concessionária Arteris Régis Bittencourt, entre 2010 e 2018 o número de acidentes no trecho de serra caiu 37% e o de mortes, 50%.

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    O caminhoneiro João Batista Valeriano, de 53 anos, trafega toda semana pela Régis e acha que faltam radares. “Tem muita serra onde o caminhão reduz, mas a gente precisa ficar olhando para trás, pois os carros vêm como loucos, acima do limite.” Ele relata que, no início do ano passado, um carro colidiu com a traseira do seu caminhão em Cajati. “Por sorte, o motorista não morreu, mas ficou bastante machucado. Corria demais.”

    A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informou que os radares da Régis foram adotados conforme solicitação do Departamento de Polícia Rodoviária Federal. Segundo a agência, não há previsão para novas instalações. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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