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Prefeitura aponta negligência em atendimento de motoboy que morreu

Thiago de Jesus Dias passou mal durante entrega e esperou por assistência por mais de duas horas, mas o socorro nunca chegou

Por Redação VEJA São Paulo
Atualizado em 14 fev 2020, 15h57 - Publicado em 24 set 2019, 12h10
O entregador Thiago de Jesus Dias (Arquivo Pessoal/Divulgação)
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A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo confirma que houve negligência no atendimento ao motoboy Thiago de Jesus Dias, de 33 anos. O homem passou mal durante uma entrega e, sem receber socorro, precisou ser levado de carro para o hospital por amigos e familiares. A demora no transporte do jovem foi determinante para sua morte, no dia 9 de julho deste ano. Os familiares acusam a Prefeitura de omissão de socorro por causa da demora do Samu.

O caso ocorreu num sábado, 6 de julho. Dias fazia uma entrega da Rappi pouco depois das 22h, quando se sentiu mal. Foi ajudado pelos próprios destinatários da encomenda, entre eles a advogada Ana Luísa Pinto, que chamaram o socorro e tentaram se comunicar com a empresa de entregas. A Rappi não ajudou e pediu que dessem baixa no pedido para que eles conseguissem avisar aos próximos clientes que não receberiam seus produtos no horário previsto. Depois da morte, a Rappi afirmou que lamentava o ocorrido e que buscava melhorias em seus procedimentos.

Duas horas depois, sem sinal do atendimento médico, Ana Luísa ligou para a família do motoboy, que chegou ao local de carro e o levou para o Hospital das Clínicas. Ele chegou inconsciente ao pronto-socorro e acabou na UTI. Os médicos constataram um aneurisma cerebral e ele não voltou a ganhar consciência. Irmão de Thiago, Isaque Dias explica que os médicos apontaram a demora no atendimento da vítima como uma das causas da morte.

O órgão municipal de saúde abriu então uma investigação para apurar o incidente e informa, por meio de nota, “que o caso foi apurado pela Comissão Preliminar de Averiguação, formada no âmbito da Coordenadoria Jurídica da pasta, que, após ouvir 17 depoimentos e analisar minuciosamente os registros da noite de sábado 6/7, apurou a ocorrência de negligência e identificou os servidores envolvidos”.

“Pela gravidade do episódio, o relatório conclusivo e todos os autos do caso foram encaminhados ao Departamento de Procedimentos Disciplinares (Proced), órgão da Prefeitura responsável por representar o Município em ações que envolvem questões disciplinares, com competência para aplicação de penas, que podem chegar à exclusão do serviço público“, conclui o posicionamento. A Secretaria de Justiça do município deve analisar o caso agora.

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Em entrevista à rádio CBN, o prefeito Bruno Covas comentou o caso. “Houve negligência por parte dos funcionários, isso agora está na Controladoria. Sai da Secretaria da Saúde e vai para a Controladoria para que possa confirmar isso e solicitar quais são as punições que vão ser aplicadas”, afirma. 

 

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