Novela não agrada Mustafá Göktepe, do Centro Cultural Brasil Turquia
Consultor do folhetim fala sobre a decepção me relação a trama de Salve Jorge
Com audiência na casa dos 30 pontos (contra 39 da antecessora, Avenida Brasil), a novela Salve Jorge começa a passar por mudanças, e a tendência é que o núcleo estrangeiro perca espaço. Presidente do Centro Cultural Brasil-Turquia, Mustafá Göktepe, que atuou como consultor do folhetim e deu aulas aos atores, fala sobre a decepção com a trama:
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VEJA SÃO PAULO — A comunidade turca paulistana gosta de Salve Jorge?
Mustafá — Não tínhamos grande expectativa. Sabíamos que era uma criação da Glória Perez e que muita coisa não seria retratada da forma como é. Uma suposta tradição que desconheço é aquela de quebrar a garrafa no telhado para casar com uma mulher. Nunca ouvi falar disso.
VEJA SÃO PAULO — O que acha dos diálogos?
Mustafá — Algumas expressões estão sendo usadas de modo errado. Mashallah é “que bom”, mas na trama é dita para desejar sorte. E a pronúncia é ruim.
VEJA SÃO PAULO — Que alterações o senhor priorizaria?
Mustafá — Vendo na TV, parece que Istambul é supermoderna e o interior é um ambiente medieval. Isso não é verdade. A metrópole mistura uma relevante parte histórica (templos, construções antigas) que não é mostrada e as cidades menores são desenvolvidas, com TV e internet.
VEJA SÃO PAULO — Os personagens do país estão sendo responsabilizados pelo ibope ruim…
Mustafá — Discordo. Acho que a Turquia pode aumentar o ibope, pois o país é bem bonito.