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Minhocão ganha grafites criados por nomes como Laerte e Carlinhos Brown

A Mostra Brasileires foi criada pelos artistas Kleber Pagú e Fernanda Bueno

Por Humberto Abdo
Atualizado em 27 Maio 2024, 19h58 - Publicado em 2 jul 2021, 06h00
arte da laerte em que o globo terrestre é quebrado por um liquidificador animado e pessoas caem de dentro dele para dentro do pote da máquina
Cartunista Laerte assina mural que será finalizado ainda neste mês (Laerte/Reprodução/Veja SP)
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Seis edifícios do Minhocão recebem até o fim de julho os grafites da Mostra Brasileires, criada pelos artistas Kleber Pagú e Fernanda Bueno. “Se eu pago um ingresso, sei mais ou menos o que vou ver… Na rua, a responsabilidade é maior”, reflete Fernanda. Para assumir as ilustrações, ela e o parceiro decidiram convidar personalidades que admiravam, entre elas a cartunista Laerte, o ex-deputado Jean Wyllys e o cantor Carlinhos Brown. “Não queremos colorir a cidade, mas contestar o cenário atual. Com a cultura enfraquecida e fechada há quase dois anos, esse projeto é como um grito de mensagens positivas”, resume Pagú. Quatro grafites já foram finalizados e podem ser vistos ao longo do elevado, a partir da rampa de acesso ao metrô Marechal Deodoro até o fim do viaduto no sentido da Avenida Francisco Matarazzo.

imagem de grafite pintado em fachada de prédio adjacente ao minhocão
Mural “Olhai por Nóis”, assinado por M.I.A e Vismoart (Braga Drones/Divulgação)

A iniciativa é resultado da convivência dos dois, acreditam. “É um encontro de lutas. A gente pinta junto, arranja treta junto. Eu nunca tive grana para grandes coisas, mas a arte urbana já me levou para dezesseis países e hoje podemos falar ‘esse lugar também é nosso’”, celebra Pagú. Além de selecionarem os artistas dos novos murais, eles precisaram convencer os moradores de cada edifício onde as pinturas serão estampadas. “A santa com um extintor na mão gerou um certo conflito dentro do prédio quando viram o tamanho das letras ao redor dela. Uma senhora falou: ‘Vocês blasfemaram a imagem’”, relembra. “Eu mostrei que as letras na verdade eram uma reza, citei a importância de ter uma santa negra representada em uma obra de arte e a necessidade dos óculos… É uma parede enorme onde bate sol várias horas por dia. Sem óculos, a santa não ia aguentar.”

casal fernanda de pagu posando para a foto em cima de uma superfície com corrimão olhando para baixo
Casal idealizador da mostra: parcerias da vida urbana (Adilson Jr/Divulgação)
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Publicado em VEJA São Paulo de 07 de julho de 2021, edição nº 2745

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