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Morador dos Jardins vive 24 anos a mais que o do Jardim Ângela

É o que mostra o Mapa da Desigualdade 2017. Entre os bairros com a menor expectativa de vida estão Brás, no centro, e Marsilac, no extremo sul

Por Estadão Conteúdo
24 out 2017, 14h53
Nos Jardins, o morador vive, em média, até os 79,4 anos, diz pesquisa (Reprodução/Veja SP)
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Um morador do Jardim Paulista, área nobre da Zona Sul, vive em média 24 anos a mais que um residente do Jardim Ângela, bairro periférico também na Zona Sul. Nos Jardins, vive-se, em média, até os 79,4 anos. Já para quem mora no Jardim Ângela, a idade cai para 55,7 anos.

Essa diferença foi revelada em estudo encomendado pela Rede Nossa São Paulo e apresentado nesta terça-feira (24). O Mapa da Desigualdade de 2017 mostra diferenças de acordo com o distrito da cidade em 38 indicadores avaliados. O Jardim Paulista, segundo a pesquisa, apresentou a maior expectativa de vida. Entre os que apresentaram os piores índices, além do Jardim Ângela, estão Brás, no centro, Marislac, no extremo Sul, e São Rafael, Zona Leste. Eles ficaram empatados em último lugar.

Após o Jardim Paulista, os locais onde os moradores vivem mais são: Moema (79,2), Consolação (78,9), Pinheiros (78,7) e Itaim Bibi (78,6). Entre os distritos com menor expectativa de vida estão Anhanguera (56,4), Cidade Tiradentes (57,3), Lajeado (58,1) e Grajaú (58,2).

No Mapa da Desigualdade do ano passado, o estudo revelou que os moradores do Alto de Pinheiros, na Zona Oeste, viviam cerca de 25 anos a mais que o morador de Cidade Tiradentes, no extremo leste da cidade. Na média, o primeiro chegava a 79,67 anos, enquanto o segundo não passava de 53,85 anos.

De acordo com a pesquisa divulgada nesta terça, entre 2013 e 2016 houve piora em indicadores relacionados à cultura: acervo de livros infanto-juvenis; centros culturais, espaços e casas de cultura; cinemas; e teatros. Outro destaque negativo do período são os altos índices de mortalidade infantil e ocorrências de doenças como Aids e males nos aparelhos circulatório e respiratório.

O “desigualtômetro” contém dados atualizados até 2016. As taxas foram calculadas a partir de informações econômicas e sociais fornecidas pela prefeitura e demais órgãos oficiais, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A partir delas, a entidade listou os melhores e piores distritos da capital paulista sob o ponto de vista de saúde, educação, cultura, mobilidade, segurança e habitação.

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