Plano Diretor prevê fim do Minhocão
Artigo do PDE determina criação de lei para vetar o trânsito de automóveis no lugar ou até mesmo a demolição da via
O elevado Costa e Silva, o Minhocão, via aérea que corta a região central, está com os dias contados.
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O artigo 375, da lei número 16.050, o Plano Diretor Estratégico (PDE), diz que “uma lei específica deverá ser elaborada determinando a gradual restrição ao transporte individual motorizado no Elevado Costa e Silva, definindo prazos até sua completa desativação como via de tráfego, sua demolição ou transformação, parcial ou integral, em parque”.
A reportagem de VEJA SÃOPAULO.COM procurou o vereador Nabil Bonduki (PT), relator do PDE, para comentar o artigo do PDE, mas não conseguiu contato até o momento.
Com 3,4 quilômetros de extensão – começa em Perdizes (Zona Oeste) e chega à Praça Roosevelt (centro), a via foi inaugurada em 25 de janeiro de 1971 e sempre foi alvo de controvérsias. Paulo Maluf, o prefeito da época, o Minhocão era a “maior obra viária da América latina”.
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Em 1976, em decorrência do barulho excessivo que incomodava os moradores dos prédios na vizinhança, a prefeitura determinou o fechamento do viaduto entre a meia-noite e às 5 horas. Hoje, os carros não podem circular entre as 21h30 e as 6h30, e aos domingos o dia todo.
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Outra polêmica relativa ao elevado é o seu nome: Arthur da Costa e Silva, em homenagem ao presidente responsável por editar o Ato Institucional número 5, na ditadura militar, medida que cassou direitos políticos e iniciou o período mais duro do regime.