Mesmo após Metrô aceitar liberar catracas, estações permanecem fechadas
Presidente do Sindicato dos Metroviários afirma que funcionários já estão "prontos para trabalhar" e culpam o Metrô pelo atraso
Três horas após o Metrô aceitar liberar as catracas, acatando reivindicação do Sindicato dos Metroviários, as estações das Linhas 1 – Azul, 2 – Verde e 3 – Vermelha seguem fechadas. O Metrô informou às 9h que iria liberar as catracas, mas isso depende da chegada dos funcionários para trabalhar.
A presidente do sindicato, Camila Lisboa, afirma que os funcionários estão “prontos para trabalhar”, mas que “o Metrô e o governo Tarcísio [de Freitas] que ainda não liberaram a operação”.
Nós, Metroviários, Estamos nos nosso postos, prontos para trabalhar. O Metrô e o governo Tarcísio que ainda não liberaram a operação.
— Camila Lisboa (@CamilaRDLisboa) March 23, 2023
Já o Metrô disse que já comunicou ao Sindicato dos Metroviarios a liberação das catracas, mas não disse quando as estações serão de fato abertas.
O Metrô comunicou ao Sindicato dos Metroviários a liberação do funcionamento do sistema nesta quinta (23) com liberação total das catracas (catraca livre, entrada gratuita), de forma a não prejudicar ainda mais a população que depende do transporte. Saiba+ https://t.co/SVqogwrQJa pic.twitter.com/wVArpHbmDU
— Metrô de São Paulo (@metrosp_oficial) March 23, 2023
A reportagem foi até as estações Chácara Klabin, da Linha 2, e Santa Cruz, da Linha 1, e os passageiros que tentam embarcar se deparam com as portas fechadas, por volta das 12h10. Nestas estações, é possível entrar apenas para acessar a Linha 4 – Lilás, que é operada pela concessionária privada ViaMobilidade, e funcionários que estão no local ajudam passageiros a encontrar as rotas de ônibus para chegarem a seus destinos.
Já na Linha 3, a Vejinha foi até a estação Belém, que também se encontrava fechada após às 12h. Muitos passageiros reclamavam que haviam sido informados que a estação abriria logo, mas até agora aguardam para embarcar. Muitas pessoas também chegaram a sair dos ônibus que estavam e se dirigiram até as estações de Metrô, na expectativa de que o sistema havia voltado a funcionar.
A personal trainer Gabriela Targino, 28, saiu de sua casa, em Artur Alvim, às 7h30 com destino aos Jardins. Demorou uma hora para conseguir entrar num ônibus lotado. Ao ouvir dos outros passageiros que metrô faria catraca livre, desceu na Radial leste e foi até a estação Belém. Chegando lá, viu os portões fechados e não havia embarcado até as 11h25. “Eu ganho por aula. Vou perder o segundo aluno e quem paga a conta?”, diz.
Alguns se mostravam mais exaltados e batiam nas grades de ferro. Um deles falava palavrões contra o sindicato dos metroviários.
A movimentação dos trens que estão saindo dos pátios para se dirigir até os pontos de partida aumentam a expectativa dos passageiros muitos deles questionam os funcionários a respeito do motivo pelo qual não podem entrar. Os funcionários respondem dizendo que não tiveram ainda a liberação do Centro de Controle de Operações do Metrô (CCO) para abrir os portões.