Menina de 4 anos morre após ser picada por escorpião

Família da criança culpa a demora no atendimento

Por Estadão Conteúdo
11 jul 2018, 15h57

A menina Yasmin Lemos de Campos, de 4 anos, morreu na noite de terça-feira (10) após ser picada por um escorpião enquanto brincava no quintal de sua casa, em Cabrália Paulista, a cerca de 370 quilômetros da capital.

Ela foi socorrida e levada para o posto de saúde local para os primeiros atendimentos; de lá, foi transferida para o hospital de Duartina, a 10 quilômetros de distância, mas o hospital não tinha o soro que combate o efeito da picada.

A garota foi, então, encaminhada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Bauru, onde acabou morrendo pouco depois de receber a medicação. O sepultamento foi nesta quarta (11).

Familiares culpam a demora no atendimento da criança, ao ser transferida para os outros municípios, pela tragédia. O caso deverá ser objeto de investigação por parte da Polícia Civil.

Com o período de estiagem, ataques de escorpiões têm se multiplicado nas últimas semanas em cidades do interior paulista. Em Sumaré, a 120 quilômetros de São Paulo, um menino morreu no último sábado (7) seis dias após ser picado ao calçar um tênis.

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Nicolas Benette residia em um condomínio com infestação de escorpiões. “Assim que sentiu a picada, ele já saiu correndo e gritando”, conta Renata Benette, mãe do garoto. Ele chegou a ser socorrido e levado ao hospital, mas não resistiu.

Em abril, outro menino, de 6 anos, também foi vítima de um escorpião, em Barra Bonita, a 300 quilômetros da capital. Sem soro na cidade, Bryan Gabriel Alves foi mandado para o hospital de Jaú, onde acabou falecendo.

Em Americana, a 130 quilômetros de São Paulo, 234 pessoas foram picadas no primeiro semestre deste ano. Segundo o veterinário José Brites Neto, na cidade a maioria dos ataques envolve a espécie Tityus Serrulatus (escorpião amarelo). “Seu veneno possui efeito neurotóxico maior do que o encontrado na espécie marrom”, explica.