Mãe acorrenta em casa filha viciada em crack

A adolescente era usuária de crack desde os 12 anos e estava sendo ameaçada de morte

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
15 jun 2017, 10h36
Crack na Jornalista Roberto Marinho
Crack na Jornalista Roberto Marinho (Léo Martins/Veja SP)
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Desesperada com as ameaças recebidas de traficantes, uma mulher decidiu manter a filha de 17 anos, dependente química, acorrentada a um guarda-roupas, em Sorocaba, interior de São Paulo. A mãe foi detida e a garota, libertada, na noite de terça (13), por integrantes da Guarda Civil Municipal (GCM) e do Conselho Tutelar.

De acordo com o comandante da GCM, Antonio Marco Mariano de Carvalho, a adolescente era usuária de cocaína e crack desde os 12 anos. Conforme o relato da mãe, ela devia dinheiro para vários traficantes e estava sendo ameaçada de morte. “Ela alegou que decidiu acorrentá-la por razões de segurança e por total desespero, por não ver outra saída”, disse Carvalho.

As equipes da GCM e do Conselho Tutelar se dirigiram à residência, uma casa simples no bairro Nova Esperança, zona norte da cidade, após receberem denúncia anônima. Dominada por traficantes, a região é uma das mais violentas do município.

A adolescente foi encontrada no quarto,  presa ao pé do móvel por uma corrente. Para libertar a menina, a GCM teve de quebrar o cadeado, pois a chave não foi encontrada. A jovem foi levada à Unidade de Pronto Atendimento da zona norte, onde recebeu atendimento médico, e encaminhada para um abrigo da prefeitura.

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“A mãe ficou surpresa com a nossa chegada, mas permitiu a entrada e em nenhum momento escondeu a situação. Ela se disse aliviada por estarmos encaminhando a filha para atendimento médico e social. É como se tivéssemos tirado um peso dos ombros dela”, disse Carvalho.

A mãe, que é auxiliar de cozinha e cria a filha sozinha, contou que tomara a medida havia cerca de quarenta dias, porque a jovem saía de casa apenas para se drogar. Disse que precisava trabalhar e ela ficava sozinha.

A adolescente estava magra e desnutrida. Segundo a mãe, não aceitava comida e dizia que só se alimentaria após usar droga. A mãe foi levada para o plantão da Polícia Civil e indiciada em inquérito por maus-tratos. Vai  responder em liberdade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Fonte: Estadão Conteúdo

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