Livro traça a história da Companhia Paulista de Estrada de Ferro
Pesquisador relata o auge e a queda do negócio

As ferrovias apareceram no século XIX durante a Revolução Industrial. Uma das pioneiras por aqui foi a Companhia Paulista de Estradas de Ferro. Ela surgiu em 1868, e virou tema de livro homônimo recém-lançado (Editora Memória do Trem; 240 páginas; 78 reais). Em seu trabalho, o pesquisador Rafael Prudente Corrêa Tassi detalha o esplendor e a derrocada do negócio.
A empresa tornou-se a primeira no Brasil a usar, em 1921, energia elétrica para movimentar seus comboios (antes, a tração era a vapor). Ao se conectar com a São Paulo Railway, rebatizada de Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, ela estabeleceu importante ligação entre o interior, a capital paulista e o litoral. No auge, somou cerca de 2 150 quilômetros.
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Uma de suas locomotivas mais curiosas era conhecida como V-8. Em 1989, a máquina bateu o recorde brasileiro de velocidade sobre trilhos com a marca de 164 quilômetros por hora. No governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961), que privilegiou o setor rodoviário e a indústria automotiva, a companhia entrou em decadência. Hoje, tem apenas cerca de 500 quilômetros. Os trechos em funcionamento são para transporte de carga, passando pelas cidades de Jundiaí, Itirapina, Pradópolis e Bauru.