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Lava Jato denuncia Jucá por corrupção e propina de 1 milhão de reais

Valor corresponde a parte das propinas pagas pela Galvão Engenharia, relativas a 5% do valor dos contratos da Transpetro

Por Estadão Conteúdo
4 jun 2019, 10h08
Romero Jucá é presidente nacional do MDB (Divulgação/Agência Senado/Veja SP)
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A Lava Jato do Ministério Público Federal no Paraná denunciou o ex-senador e atual presidente do MDB, Romero Jucá, e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado pelo envolvimento em esquema de corrupção mantido na subsidiária da Petrobras. Segundo a denúncia, Jucá recebeu pagamentos ilícitos de pelo menos 1 milhão de reais em 2010 em razão de quatro contratos e sete aditivos celebrados entre a Galvão Engenharia e a Transpetro.

Segundo a força-tarefa, a Galvão Engenharia – em razão de contratos e aditivos mantidos na Transpetro e “com o objetivo de continuar recebendo convites para participar das licitações da estatal” – efetuava o pagamento de propinas de 5% do valor de todos os contratos com a subsidiária da Petrobras “a integrantes do MDB que compunham o núcleo de sustentação de Sérgio Machado”, então presidente da estatal.

A denúncia aponta que Machado foi indicado e mantido no cargo por Romero Jucá e integrantes do MDB e tinha “a função de arrecadar propinas para seus padrinhos políticos”. Segundo o MPF em contrapartida ao pagamento de propinas pelas empresas, Sérgio Machado, “garantiria às empreiteiras a continuidade dos contratos e a expedição de futuros convites para licitações”.

O pagamento da propina pela Galvão Engenharia teria sido disfarçado por meio de doação eleitoral oficial de 1 milhão de reais. Segundo a denúncia, em junho de 2010, a empresa efetuou o repasse “desses subornos” para Romero Jucá ao Diretório Estadual do PMDB no Estado de Roraima. “As propinas, assim, irrigaram a campanha de reeleição de Jucá ao Senado, bem como as campanhas do filho e de ex-esposa para o Legislativo”, diz o MPF.

As investigações indicam que a Galvão Engenharia “não tinha qualquer interesse em Roraima que justificasse a realização da doação oficial, a não ser o direcionamento de propinas para Romero Jucá”.

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A força-tarefa Lava Jato em Curitiba já ofereceu cinco denúncias relativas ao esquema de corrupção na Transpetro. Segundo o Ministério Público Federal, o esquema de corrupção investigado perdurou pelo menos até 2014, favorecendo empresas que pagavam vantagens indevidas ao então presidente da estatal, Sérgio Machado, e políticos responsáveis por sua manutenção no cargo.

Defesas

A reportagem está tentando contato com o ex-senador Romero Jucá, com Sérgio Machado e com representantes da Transpetro e da Galvão Engenharia. O espaço está aberto para as manifestações de defesa.

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