Continua após publicidade

Justiça proíbe Léo Lins de fazer piadas sobre minorias

Decisão determinou a exclusão do especial "Perturbador" do YouTube; humoristas como Fabio Porchat e Antônio Tabet saíram em defesa dele

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 17 Maio 2023, 14h42 - Publicado em 17 Maio 2023, 14h41
Léo Lins
 (Reprodução/Instagram/Veja SP)
Continua após publicidade

A Justiça de São Paulo determinou a exclusão de um vídeo do humorista Léo Lins de todas as redes sociais, e o proibiu de fazer piadas sobre minorias. O vídeo em questão é um especial de stand-up gravado em Curitiba, intitulado “Perturbardor”, no qual ele faz piadas sobre crianças com hidrocefalia e sobre negros.

A decisão foi tomada no âmbito de um inquérito do Ministério Público de São Paulo (MPSP). O caso tramita em segredo, e cabe recurso ao Tribunal de Justiça.

De acordo com o portal UOL, a decisão ainda determina que o humorista está proibido de “manter, transmitir, publicar, divulgar, distribuir, encaminhar ou realizar download de quaisquer arquivos de vídeo, imagem ou texto, com conteúdo depreciativo ou humilhante a qualquer categoria considerada minoria ou vulnerável” e “realizar, em suas apresentações, quaisquer comentários, bem como de divulgar, transmitir ou distribuir, quaisquer arquivos de vídeo, imagem ou texto, com conteúdo depreciativo ou humilhante a qualquer categoria considerada minoria ou vulnerável.”

Em seu Instagram, Lins criticou a decisão e a chamou de censura. “Um show de humor é removido da internet a mando do Ministéiro Público. Qual será o próximo?”, questionou o humorista, que fez uma contagem regressiva para a remoção do vídeo.

Continua após a publicidade
Ver essa foto no Instagram

 

Uma publicação compartilhada por Leo Lins (@leolins)

Nas redes sociais, humoristas como Fabio Porchat e Antonio Tabet saíram em defesa de Lins. “Quem foi lá assistir ao Leo Lins adorou. Riram muito. Quem não gostou das piadas são os que não foram. Ah, mas faz piada com minorias… E qual o problema legal? Nenhum. Dentro da lei pode-se fazer piada com tudo tudo tudo. Não gostar de uma piada não te dá o direito de impedir ela de existir. Ainda mais previamente. Impedir o comediante de pensar uma piada é loucura. Ele tem o direito de ofender. Não existe censura do bem”, escreveu Porchat no Twitter.

Continua após a publicidade

“Um absurdo! Não cabe à Justiça – e nem a ninguém – aprovar ou censurar piadas alheias. Pode-se gostar, detestar ou criticar a comédia ou o comediante, mas piadas são só piadas. Piadas não matam mais que dramas, jornalismo, publicidade ou a realidade”, publicou Tabet.

Compartilhe essa matéria via:

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de 49,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.