Jovem denuncia Burger King após ser chamado de ‘macaco’

Rede informou que tomou conhecimento do caso e está apurando o ocorrido para que as medidas necessárias sejam tomadas

Por Redação VEJA São Paulo SEGUIR SEGUINDO
27 mar 2018, 15h18

O estudante de Relações Internacionais David Reginaldo de Paula Silva, de 23 anos, denunciou um caso de racismo que disse ter sofrido em uma unidade da rede de lanchonete Burger King localizada na Vila Nova Conceição, na Zona Sul de São Paulo. Em publicação feita no Facebook nesta segunda (26), Silva divulgou a nota fiscal de um lanche comprado no sábado (24), em que ele aparece identificado como “macaco”.

“O preconceito racial é uma ‘doença’ que deve ser eliminada da sociedade brasileira”, escreveu em publicação que teve mais de 1 000 compartilhamentos até as 14h30 desta terça-feira (27). Na rede social, ele aparece com o nome de David Zambelli Jr.

Procurada, a rede informou, por meio de sua assessoria, que tomou conhecimento do caso e está apurando o ocorrido para que as medidas necessárias sejam tomadas. “A companhia reitera que repudia todo e qualquer ato discriminatório”.

Segundo o advogado de Silva, Marcello Primo Muccio, o jovem esteve na unidade localizada na Avenida Santo Amaro no sábado, por volta das 5 da manhã, com uma amiga estrangeira. Ele fez o pedido, forneceu o seu CPF, pegou o lanche e foi sentar. Ao olhar a nota fiscal, viu que havia sido nomeado como “macaco” (confira a publicação abaixo).

Na segunda-feira (27), o advogado acompanhou Silva na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) para registrar o caso e prestar um depoimento. “Na quinta-feira a amiga dele vai dar o depoimento e a polícia vai tentar identificar o funcionário”, disse ele, que analisa a possibilidade de entrar com uma ação indenizatória de danos morais.