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Doria sobe o tom contra governo federal: irresponsável, negacionista e ideológico

Governador afirmou que irá apresentar um plano estadual de vacinação; ele critica previsão inicial do Ministério da Saúde de iniciar imunização em março

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 3 dez 2020, 16h15 - Publicado em 3 dez 2020, 15h24

Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (3), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), fez duras críticas ao governo federal, que anunciou um cronograma preliminar para a vacinação da população brasileira. O político não concorda com a previsão inicial do Ministério da Saúde, que pretende começar a vacinação em março. Ele chegou a chamar a gestão Bolsonaro de irresponsável, negacionista, ideológica e sem compaixão.

“Um ato de absoluta irresponsabilidade do governo federal. Você sabe quantos brasileiros podem morrer por um atraso de 90 dias de uma vacina que poderia ser aplicada já em janeiro em todo o Brasil? 60 mil“, afirmou.

Doria também anunciou que a vacina CoronaVac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, será aplicada na população paulista em janeiro de 2021. A vacina está na terceira fase de testes, em que a eficácia precisa ser comprovada antes de ser liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A CoronaVac não foi citada formalmente na reunião em que o Ministério da Saúde apresentou o cronograma preliminar para vacinação. Doria afirmou que na segunda-feira irá apresentar um plano estadual de imunização. 

“Se o governo federal incluir São Paulo como é seu dever e sua obrigação e incluir a compra da vacina como é seu dever e sua obrigação, nós seguiremos o programa nacional de imunização. Mas se não o fizer, São Paulo começa a vacinar a partir de janeiro a totalidade da população de São Paulo”.

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A Vejinha procurou o Ministério da Saúde para comentar as declarações, mas não recebeu resposta até a publicação deste texto.

Leia o discurso relacionado ao governo federal:

“Eu sou um gestor responsável e sou governador eleito do estado de São Paulo. Mais que tudo sou pai de três filhos, infelizmente não tenho meus pais. Como cidadão, como brasileiro, como governador eleito que fui, não serei irresponsável como está sendo o governo federal ao colocar para março uma vacinação que deveria começar em janeiro. Um ato de absoluta irresponsabilidade do governo federal. Você sabe quantos brasileiros podem morrer por um atraso de 90 dias de uma vacina que poderia ser aplicada já em janeiro em todo o Brasil? Quase 60 mil vidas. 60 mil brasileiros podem morrer por uma irresponsabilidade de um governo ideológico, que não tem compaixão, que não tem respeito pela vida, que é negacionista em relação à pandemia, que não age democraticamente com isenção necessária, sobretudo diante de uma crise sanitária, que leva centenas de vidas todos os dias. Aqui, nós não esperamos sentados, nós trabalhamos. Por isso, vamos apresentar na segunda-feira o programa estadual de vacinação. Se o governo federal incluir São Paulo como é seu dever e sua obrigação e incluir a compra da vacina como é seu dever e sua obrigação, nós seguiremos o programa nacional de imunização. Mas se não o fizer, São Paulo começa a vacinar a partir de janeiro a totalidade da população de São Paulo com os recursos do governo do estado de São Paulo, com sua capacidade de imunização amparado no Instituto Butantan que, aliás, completa 120 anos de existência”.

 

 

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