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‘Já fiz intercâmbio, já fritei hambúrguer nos EUA’, diz Eduardo Bolsonaro

Deputado imagina que governo de Donald Trump vai ver "com bons olhos" a eventual decisão da gestão Bolsonaro de indicar o deputado ao posto em Washington.

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 12 jul 2019, 15h12 - Publicado em 12 jul 2019, 12h55
Eduardo de terno azul, falando ao microfone
Eduardo Bolsonaro (Abner Rengel/ Wikimedia Commons/Veja SP)
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O possível futuro embaixador do Brasil nos Estados Unidos, deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), disse a jornalistas que tem o apoio do ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores) para assumir o posto diplomático, considerado o mais importante e mais disputado. Afirmou, ainda, que é cotado por sua experiência – e não por ser filho do presidente Jair Bolsonaro.

Na quinta-feira (11), o presidente afirmou que pretende indicá-lo para a embaixada em Washington. O deputado voltou a dizer que ainda não foi feito um convite oficial pelo presidente.

“Ele (Ernesto) expressou apoio ao meu nome por ocasião de uma possível indicação para a embaixada dos Estados Unidos. Acredito que agora só falta conversar com o presidente Jair Bolsonaro e reafirmar se essa é mesmo a vontade dele, se ele mantém o que ele tem dito. Porque estamos acompanhando os fatos. Está tudo na esfera da cogitação e sendo encaminhado.”

Eduardo destacou a atuação que tem na presidência da Comissão de Relações Exteriores da Câmara e o fato de ter feito intercâmbio e até mesmo fritado hambúrguer nos Estados Unidos. “É difícil falar de si próprio, né? Mas não sou um filho de deputado que está do nada vindo a ser alçado a essa condição, tem muito trabalho sendo feito, sou presidente da Comissão de Relações Exteriores, tenho uma vivência pelo mundo, já fiz intercâmbio, já fritei hambúrguer lá nos Estados Unidos, no frio do Maine, Estado que faz divisa com o Canadá, no frio do Colorado, em uma montanha lá. Aprimorei o meu inglês, vi como é o trato receptivo do norte-americano para com os brasileiros”, disse o parlamentar.

Na quarta-feira (10), Eduardo completou 35 anos, idade mínima para um brasileiro assumir uma representação diplomática no exterior. Ele afirmou nesta sexta (12) que como se trata ainda de uma “expectativa” de indicação, não há necessidade de deixar o mandato parlamentar. “Como está tudo na esfera da expectativa, acho que não há necessidade de sair do mandato, no máximo, talvez, uma licença”, avaliou.

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Eduardo Bolsonaro ressaltou que vai esperar a sabatina no Senado para decidir. “Não vejo nenhum desconforto, não acho que por ser filho do presidente ele vai me colocar numa vida boa na embaixada lá. Negativo. É uma representação do Brasil. Tem a missão de trazer negócios e investimentos”, disse.

Ele afirmou ainda que imagina que o governo de Donald Trump vai ver “com bons olhos” a eventual decisão da gestão Bolsonaro de indicar o deputado ao posto em Washington. Na quinta, ao citar os tributos que credenciariam o filho à vaga, o presidente já havia dito a jornalistas que Eduardo “é amigo dos filhos do Trump, fala inglês, fala espanhol, tem vivência muito grande de mundo”. 

Ainda nesta sexta o ministro Ernesto Araújo deve receber o senador Nelson Trad (PSD-MS) às 16h. Trad é presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, colegiado responsável por sabatinar indicados ao posto de embaixador do Brasil em outros países.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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