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Sírio-Libanês e Oswaldo Cruz abrem novas unidades na Zona Sul

Hospitais pretendem ficar mais próximos de áreas residenciais e investem milhões de reais em novos equipamentos

Por Manuela Nogueira
Atualizado em 5 dez 2016, 18h30 - Publicado em 5 nov 2010, 23h46

Os hospitais Sírio-Libanês e Oswaldo Cruz estão entre os mais tradicionais e reconhecidos de São Paulo. Em breve, passarão a ter outra semelhança: ambos vão abrir novos endereços na Zona Sul da cidade. Na segunda (8), o Sírio inaugura sua primeira unidade externa, no Itaim Bibi. E para o fim do mês está prevista a abertura da terceira casa do Oswaldo Cruz, no Campo Belo — além da sede, no Paraíso, há uma filial filantrópica na Mooca, que só recebe pacientes do SUS.

Os dois não são os únicos grandes hospitais paulistanos em ritmo de obras. Em agosto deste ano, o Einstein ergueu um prédio nas Perdizes, o oitavo da rede. O São Luiz anuncia que, até 2013, vai construir em São Caetano. “A região do ABC é carente em leitos e vamos investir 70 milhões de reais nesse projeto, que terá o mesmo modelo das nossas instalações no Itaim, Morumbi e Anália Fraco”, conta José Roberto Guersola, vice-presidente da rede D’Or.

Essas expansões seguem uma tendência natural das grandes metrópoles. “Por causa do trânsito, os centros médicos precisam estar mais próximos dos pacientes”, explica o médico Henrique Salvador, presidente do conselho da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp). “É muito mais cômodo fazer consultas e exames perto de casa.” Segundo ele, fatores como o momento econômico favorável e a sobrecarga dos bons hospitais também contribuem para as inaugurações.

“Muitos de nossos clientes moram ou trabalham no Itaim Bibi”, afirma a pediatra Laura Schiesari, gerente da nova instalação do Sírio, que ocupará oito andares de um prédio na Joaquim Floriano, rua que concentra uma série de lanchonetes. O hospital espera que por esse espaço, de mais de 4 000 metros quadrados, passem cerca de 9 000 pacientes por mês. A unidade abrigará um centro cirúrgico para operações simples, medicina diagnóstica e um centro de oncologia (apenas para quimioterapia). Funcionará como hospital-dia e não terá leitos de UTI ou pronto atendimento. “A vantagem em relação à sede, na Bela Vista, é que contaremos com um centro de reprodução humana”, diz Laura. Isto é, casais com dificuldade de engravidar podem ser avaliados e diagnosticados ali. O projeto, que teve investimento de 35 milhões de reais, faz parte do plano de expansão do Sírio. No primeiro semestre de 2011, o hospital deve criar outro centro, no Jardim América, dedicado exclusivamente ao atendimento de mulheres. Até 2012, promete gastar 600 milhões de reais na ampliação de sua sede.

A nova casa do Oswaldo Cruz tem perfil parecido. Também vai operar como hospital-dia e funcionará em dois andares de um prédio da Avenida Vereador José Diniz, vizinho a condomínios residenciais de alto padrão. “Queremos estar próximos dos nossos pacientes”, afirma Paulo Bastian, superintendente operacional. “No Campo Belo, teremos mais contato com a comunidade alemã.” No local escolhido, com 1 600 metros quadrados, serão realizados exames, consultas e pequenas cirurgias. Estão previstos ainda dois programas que não existem na sede: reabilitações otoneurológica e cardiopulmonar. A primeira atividade envolve o diagnóstico e o tratamento de problemas auditivos, além da recuperação do equilíbrio corporal. A segunda é voltada para pessoas com doenças respiratórias crônicas. Para construir o espaço foram desembolsados 10 milhões de reais.

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