Hooters tem chope gelado, esporte na TV e garçonetes de shortinho

Convenhamos, a primeira filial paulistana da rede americana Hooters foi aberta num ponto infeliz. Ficava na Chácara Santo Antônio, onde funcionou sem alarde durante quase oito anos. Três meses atrás, a casa ressurgiu em grande estilo. Apoderou-se de uma esquina vistosa, de 500 metros quadrados, no coração da Vila Olímpia. Agora, sim, emplacou. É dos muitos prédios de escritórios ali em volta que chegam os grupos de marmanjos (há poucas mulheres nas mesas) que lotam o bar na happy hour. Não tem meio-termo: ou se gosta ou se odeia o estilo beeem americanizado do lugar. Para completar o clima clube do Bolinha, vinte garçonetes circulam pelo ruidoso salão de camiseta decotada e shortinho laranja.

O endereço acerta ao apostar no filão de sports bar — segmento no qual a cidade está carente de opções. No último dia 6, encheu de fãs de futebol americano, que foram conferir o Super Bowl, o maior evento esportivo dos Estados Unidos. Espalhadas pelo ambiente, 24 TVs de 42 polegadas ficam sempre sintonizadas em jogos; nos mais importantes, coloca-se a narração.

Para beber, dominam a preferência a cerveja, caso da catarinense Eisenbahn Pale Ale (R$ 9,50), e o chope (Devassa Bem Loura), vendido por copo (R$ 6,90; 355 mililitros) ou numa jarra de acrílico com um cilindro gelado dentro (R$ 32,00; 1,8 litro). Esta só vale a pena ser pedida em turma; do contrário, a bebida esquenta na mesa.

Esqueça o regime, pois o cardápio é repleto de porções supercalóricas. Uma das especialidades da cozinha são as crocantes chicken wings (R$ 25,00, dez unidades). Traz asa e também coxa de frango empanadas e salteadas em molho picante. O cliente escolhe entre cinco níveis de ardência — a mais potente ganhou o nome de S.O.S. e faz lacrimejar os olhos.

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