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Homem que matou namorado por religião na noite de Natal continuará preso

Vítima foi morta a facadas, teve a cabeça decepada, e pés e mãos foram arrancados; ele havia voltado a frequentar igreja que desaprovava união homoafetiva

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 21 mar 2022, 12h09 - Publicado em 21 mar 2022, 12h06
Vista aérea do Palácio da Justiça
Vista aérea do Palácio da Justiça (Tribunal de Justiça de São Paulo/Divulgação)
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A Justiça manteve a decisão que condenou um homem a ficar preso por ter matado o namorado após uma discussão. Além de esfaquear o companheiro, ele ainda arrancou os pés e mãos da vítima.

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O crime aconteceu em Diadema (Grande São Paulo) no dia 25 de dezembro de 2016 após uma discussão entre eles. A denúncia indica que o autor do crime teria se revoltado pelo fato do seu companheiro ter voltado a se aproximar de uma religião que desaprovava relacionamentos homoafetivos.

Ainda segundo o processo, após cometer o assassinato, o réu ainda tentou ocultar o crime colocando partes do corpo da vítima em baldes e jogando concreto por cima.

O homem foi preso e já havia sido condenado em um julgamento anterior. No decorrer do processo, em 2019, sua defesa tentou um recurso alegando que ele sofria de insanidade mental, o que não ficou comprovado pela perícia.

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Um novo recurso foi apresentado pela defesa à Justiça e julgado pela 15ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, também sem sucesso. Além de manter o júri anterior, foi fixada uma pena de 15 anos de prisão em regime inicial fechado. Além de classificar o homicídio qualificado –por, entre outras coisas, usar meio cruel e não dar chance de defesa à vítima– ele também foi condenado por ocultação de cadáver.

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“Não há nenhuma dúvida de que o réu agiu motivado pelo sentimento de posse em relação à vítima”, escreveu o relator do recurso, o desembargador Willian Campos. O voto do relator foi seguido por outros dois desembargadores que participaram da sessão, Gilda Alves Barbosa Diodatti e Ricardo Sale Júnior.

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