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Haddad critica ausência de Tarcísio em debate e promete diminuir impostos

Candidato do PT prometeu zerar ICMS sobre a carne e produtos da cesta básica, criar o Bilhete Único Metropolitano e reduzir valor dos pedágios

Por Hyndara Freitas
Atualizado em 15 out 2022, 12h27 - Publicado em 15 out 2022, 12h16

O candidato Fernando Haddad (PT) fez diversas críticas à ausência do adversário Tarcísio de Freitas (Republicanos) durante entrevista na noite da última sexta-feira (14) ao pool de veículos formado por SBT, VEJA, Estadão, CNN Brasil, Terra e Nova Brasil FM. Estava programado um debate entre os dois candidatos ao governo de São Paulo que estão no segundo turno, mas Tarcísio não quis participar. Por isso, o evento foi transformado em uma sabatina.

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“Nós teríamos uma oportunidade de ouro de conversarmos, de debatermos, e o confronto de ideias daria a você cidadão a oportunidade de verificar o que é melhor para sua família. A falta de embate de ideias tira de você a oportunidade de confrontá-las e escolher o melhor caminho para São Paulo. Lamento muito a decisão de última hora do meu adversário que é um recém-chegado ao estado de São Paulo”, falou o petista.

Durante a conversa, Haddad prometeu que vai abaixar impostos, especialmente sobre produtos de primeira necessidade, e disse que também irá abaixar as tarifas de pedágios nas rodovias, criticou medidas tomadas pela gestão João Doria – Rodrigo Garcia, ambos do PSDB, disse que o Ministério da Infraestrutura sob a gestão de Tarcísio “não fez obras em São Paulo” e ainda reforçou promessas como o Bilhete Único Metropolitano e o trem intercidades ligando Campinas à capital. A entrevista foi menos nacionalizada do que o debate realizado na última segunda (10), com poucas citações ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL).

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“Retomar obras é fundamental, e na infraestrutura é mais fundamental ainda. O ministro Tarcísio que deveria estar aqui debatendo comigo, explicando o que ele pretende fazer em São Paulo, ele deveria estar aqui explicando porque São Paulo ficou em último lugar nos investimentos federais durante os quatro anos do governo Bolsonaro e por que agora, que ele mudou para São Paulo faz seis meses, ele resolve dizer que as coisas vão mudar. Nós precisamos de recursos federais sim, mas temos recursos suficientes para tocar as obras contratadas e inclusive fazer novas”, falou.

Quando questionado sobre a extrema pobreza, Haddad disse que, caso eleito, fará algumas medidas emergenciais já em janeiro de 2023, como firmar um pacto com as prefeituras de todo o estado para combater a extrema pobreza, abaixar impostos e aumentar o salário mínimo paulista.

“Hoje você vê idosos, crianças e famílias em situação de rua, nós não podemos tolerar isso. Nós vamos aumentar o salário mínimo paulista para 1 580 reais, isso não é nenhum favor, é a reposição da inflação. Porque aqui em São Paulo o salário mínimo ficou congelado durante a pandemia, o que foi um equívoco muito grande, e no plano federal não houve aumento de 1% acima da inflação. E a inflação de alimentos foi muito maior. Eu também vou baixar a zero o ICMS da carne e de produtos da cesta básica e com isso vou ampliar o poder de compra das famílias”, prometeu.

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O petista ainda falou sobre moradia para pessoas de baixa renda, e disse que o valor a ser investido nessa seara no estado, caso eleito, vai depender de programas federais. “Eu vou aguardar a retomada do Minha Casa Minha Vida pelo governo Lula e, dependendo dos patamares de investimento federal no MCMV, eu vou ou manter o investimento de 1% do ICMS do estado para produção de moradia ou se o recurso federal for insuficiente, eu vou aumentar para 2%, eu vou dobrar o recurso destinado à moradia em São Paulo e retomar o CDHU, que o governo atual tentou extinguir”, falou.

O candidato ainda falou que não vai privatizar a Sabesp, porque a empresa é “estratégica” para a despoluição dos rios e que sua privatização “só interessa à Faria Lima” e aumentaria a tarifa de água para a população.

Em relação ao valor dos pedágios, Haddad disse que o grande problema dos contratos com as concessionárias que administram as rodovias é que houve, em São Paulo, uma renovação sem uma nova concorrência. “O contrato acaba, você relicita o contrato, você coloca aquele contrato em concorrência pública e a concorrência faz baixar o pedágio. Essa é a prática internacional, mas o governo atual não fez isso, ele prorrogou contratos sem baixar o pedágio, é uma prática que enseja suspeitas”.

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