Grupo de mulheres contra Bolsonaro no Facebook é hackeado e removido
Revolta toma a internet e mulheres pedem adesão a protestos que terão pelo Brasil contra a candidatura dele; rede social afirma que está investigando o caso
Com mais de 2,3 milhões de participantes, o grupo no Facebook “Mulheres Unidas Contra Bolsonaro” de membros que eram contra à candidatura do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência da República, foi alvo de hackers na noite de sábado (15). Um integrante infiltrado com nome de Carlos Shinok conseguiu mudar o nome da página para ‘Mulheres com Bolsonaro #17’ e, por fim, ela foi temporariamente removida.
O grupo havia sido criado há menos de duas semanas por mulheres e explodiu em número de acessos, chegando a ganhar mais de 10 000 membros por minuto.
Integrante da página, Mariana Tonelli relata a VEJA SÃO PAULO como o episódio aconteceu na noite de ontem. “Excluíram as moderadoras, trocaram o nome da página e a foto de capa, como se o grupo estivesse apoiando o Bolsonaro. Até a hora que eu fui dormir, estavam tentando devolver o grupo para as donas. Quando acordei hoje vi que o grupo tinha sido deletado”, conta. “As moderadoras estavam tentando encontrar quem eram os infiltrados, mas nesse meio tempo elas tinham sumido do grupo”.
Procurado, a assessoria de imprensa do Facebook disse que o grupo foi temporariamente removido após a rede social detectar atividade suspeita. “Estamos trabalhando para esclarecer o que aconteceu e restaurar o grupo às administradoras”, informou em nota.
A comoção nas redes sociais está enorme na manhã deste domingo (16). No twitter, a hashtag #MulheresContraOBolsonaro entrou nos trending topics do Twitter no Brasil. Confira algumas das postagens abaixo. “Querem nos calar, sou lésbica, sou mulher, sou livre. Unidas contra Bolsonaro”, escreveu Giuliana Coelho. Com isso, as mulheres passaram a disseminar a lista das cidades onde haverá protesto contra o candidato e pedem adesão ao movimento. Em São Paulo será no dia 29 de setembro, às 17h, no Largo da Batata.