Força-tarefa afasta policiais investigados por elo com suposto delator do PCC
Grupo vai auxiliar nas investigações e acompanhar envolvimento de agentes públicos
Uma força-tarefa criada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo determinou o afastamento de oito policiais militares que são investigados pela Corregedoria da instituição.
Um inquérito policial militar instaurado pela Corregedoria da PM há mais de um mês apura o envolvimento dos agentes na escolta de Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, apontado como delator do PCC, morto em um atentado no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na sexta-feira (8).
Os agentes já foram chamados pela Corregedoria da PM para prestar esclarecimentos no inquérito militar que apura o envolvimento do grupo na escolta de Gritzbach, atividade que fere o regulamento disciplinar da instituição. Os celulares de todos os policiais que estavam no dia do crime foram apreendidos e passam por análise.
A Corregedoria da Polícia Civil também acompanha os policiais civis que foram citados no acordo de colaboração firmado pelo Ministério Público. Parte dos documentos foi encaminhada à instituição, que deu início em outubro a uma apuração sigilosa, com providências administrativas preliminares para individualização da conduta de cada um.
A Corregedoria busca, a partir das informações, elementos concretos que vão embasar o inquérito que investiga os agentes.
A força-tarefa que acompanha as investigações do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) foi criada na segunda-feira (11) por meio de uma resolução publicada no Diário Oficial do Estado por determinação do secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite.
Integrantes do Ministério Público e da Polícia Federal também acompanham os trabalhos. Eles foram convidados para participar das investigações por meio do compartilhamento de informações.