Obra de Federico Fellini é tema de megamostra no Sesc Pinheiros
São 400 itens do brilhante cineasta italiano, entre documentos pessoais, desenhos, cartazes, revistas e trechos de filmes
Somente em 2013 completam-se os vinte anos da morte do cineasta italiano Federico Fellini (1920-1993), mas os paulistanos terão a chance de relembrar a data antes. Em parceria com o Instituto Moreira Salles, o Sesc Pinheiros recebe, a partir de sexta (6), a megaexposição Tutto Fellini. Cerca de 400 itens vão ocupar o segundo andar do espaço. São fotos de bastidores, documentos pessoais, desenhos, cartazes, revistas, trechos de filmes e entrevistas. O espectador poderá conferir um amplo painel da vida e da obra do realizador, sem dúvida um dos mais influentes da história. Sob curadoria de Sam Stourdzé, diretor do Musée de l’Elysée, em Lausanne, a montagem já passou por Paris, San Sebastian, Toronto, Moscou e Rio de Janeiro.
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A organização da mostra se dá por meio de núcleos temáticos. Uma das boas surpresas é o eixo sobre o envolvimento de Fellini com a cultura popular. O melodrama típico das fotonovelas, por exemplo, sempre marcou seus longas. A religião, o circo e a publicidade também aparecem por aqui. Não ficou de fora a sua profunda relação com a figura feminina, personificada de várias maneiras em clássicos como “A Doce Vida”, “Noites de Cabíria”, “Amarcord” e “Oito e Meio” — mães, prostitutas e divas ninfomaníacas, vividas por Giulietta Masina, Anna Magnani e Anita Ekberg, entre outras. Mais uma joia presente na seleção: o “Livro dos Sonhos”. Trata-se de uma série de desenhos feitos por Fellini de 1960 a 1990 a partir de material sonhado por ele, inclusive cenas de delírio erótico.