Família busca cadela que fugiu de petshop na Zona Sul da capital
Funcionário da Petz segurava cadela sem guia e sem coleira, quando ela se soltou e foi em direção à rua; família suspeita que ela possa ter sido atropelada
Era para ser um banho de rotina na cadelinha Tika, em uma unidade da Petz na Avenida Moreira Guimarães, em Indianópolis, Zona Sul da capital. Mas naquele dia 19 de março, porém, teve início um pesadelo para Marcela Encinas e sua família, que a tem como animal de estimação há dois anos: a cadela fugiu em direção à rua e até agora não foi encontrada.
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Marcela contou à Vejinha que sua mãe, que cuida da cadela, a levou para o banho e enquanto isso resolveu fazer compras na loja. Ela escolheu um peitoral e uma guia e, ao fim do banho, pediu para que um funcionário provasse os produtos no animal. Ela decidiu que compraria e questionou se Tika já poderia ficar com os acessórios, ao que um funcionário respondeu que era preciso tirar para passar no caixa. Assim a tutora o fez, e a cadela foi segurada, sem nenhum tipo de coleira, pelo funcionário. Até que a cachorra se soltou e fugiu em direção à rua.
Cinco dias depois, a família ainda busca o animal pelos bairros de Moema, Planalto Paulista, Indianópolis e arredores, e apesar de ter esperança de encontrá-lo, teme que Tika possa ter sido atropelada.
“Ela fugiu e foi direto para a avenida. A minha mãe me ligou, começamos a rodar o bairro todo atrás dela, e nada. Quando a minha irmã voltou para a Petz e olhou para a frente, ela viu um vão perto de uma mureta. E a cachorrinha estava lá parada, assustada. Aí ela chamou um rapaz da Petz, que tentou pegá-la, mas ela assustou e correu pelo meio-fio sentido aeroporto [de Congonhas], mas ela correu muito rápido e nem minha irmã e nem o funcionário da Petz conseguiram acompanhar. Aí a gente viu vários freando, mas não conseguimos mais encontrar a Tika. Ficou uma incógnita, se ela só havia sido atropelada ou se machucado, ficamos até quase 3h30 da manhã rodando nos arredores e nada”, relata Marcela.
Depois de divulgar cartazes pelas ruas e publicar sobre o sumiço do animal em grupos do bairro nas redes sociais, Marcela recebeu relatos de um homem que estava na Avenida 23 de Maio no dia do sumiço, e que viu a cachorra sendo atropelada, mas que o animal havia sido resgatado. Entretanto, não se sabe o que aconteceu. A família foi até estabelecimentos próximos e solicitou imagens de câmeras de segurança a alguns postos de gasolina e a um sex shop, mas só teve sucesso com o último. Na imagem, é possível ver a cadela correndo rapidamente na avenida, mas não é possível saber o que aconteceu depois.
Agora, a família pretende registrar um boletim de ocorrência e tentar obter mais registros de estabelecimentos pela via judicial. “A gente está perdendo a confiança. E agora a gente quer saber o que a Petz está fazendo para achar a nossa cachorra, que pode ter ido para qualquer lugar. Foi uma fatalidade? Sim, mas foi um funcionário que pediu para retirar a guia e o peitoral. É um local que recebe pets, foi falta de preparo deixar a cachorra sem nenhuma proteção. Ou a loja poderia ter uma porta pesada, que não fosse automática. O que aconteceu com a gente, eu não quero que aconteça com os outros. Eu só quero uma resposta”, desabafa Marcela.
Em nota, o grupo Petz informou “que está em contato constante com a tutora e familiares, para resolução do caso” e “está também com profissionais dedicados na missão de localizar o pet”.