Exposições paralelas à 30ª Bienal de São Paulo
Por conta da visibilidade internacional, diversos endereços da capital organizam mostras que ocorrem durante o grande evento
Com o início da 30ª edição da Bienal de São Paulo, todos os olhos se voltam para a cidade e suas galerias. De carona nessa visibilidade, elas aproveitam para organizar uma série de exposições paralelas ao grande evento de arte.
+ Vinte obras que vale a pena ver na Bienal
+ Isaac Julien ganha primeira exposição individual no Brasil
Tem fotografia, arquitetura, escultura e vídeo instalação. Mostras coletivas e individuais. Com artistas nacionais e estrangeiros. Novas gerações e veteranos. A gama é tamanha, que inclui até o lançamento de um centro cultural: o Pivô.
“As bienais de Veneza e de São Paulo sempre vão estar no olho de todo mundo que trabalha e pensa a arte contemporânea”, destaca a diretora de planejamento do novo espaço, a espanhola Marta Ramos-Yzquierdo. “Agora, isso ainda é maior, porque o Brasil está sendo um ponto de referência em muitas coisas, inclusive na arte”.
+ Em vídeo: a montagem de “Caravaggio e Seus Seguidores” no Masp
Confira abaixo um roteiro off-Bienal:
PINTURA E DESENHO
Impressionismo: Paris e Modernidade: o movimento impressionista é representado por 85 obras cedidas pelo parisiense Museu d’Orsay ao Centro Cultural Banco do Brasil.
■ Até 07/10
Willys de Castro: em retrospectiva na Pinacoteca do Estado, o artista mineiro tem 130 de suas obras expostas, como telas, desenhos, estudos e vários tridimensionais.
■ Até 14/10
Espaços da Cor: dezesseis telas do artista Cassio Michalany estimulam a percepção do expectador na Galeria Raquel Arnaud.
■ Até 20/10
Exercícios de Olhar: são 37 obras de diferentes artistas — nacionais e estrangeiros, das mais variadas gerações — que mostram pessoas de costas para o expectador. No Museu Lasar Segall.
■ Até 21/10
Um Desafio à Luz: o dinamarquês Asger Jorn é lembrado em exposição no Instituto Tomie Ohtake que inclui desenhos, gravuras, colagens e pinturas.
■ Até 28/10
Papéis Estrangeiros: Gravuras da Coleção Masp: os trabalhos de contemporâneos e veteranos totalizam 89 obras nesta versão internacional de uma exposição de 2011, no Masp.
■ Até 28/10
Dias e Noites: o artista goiano Pitágoras ocupa o Espaço Cultural BM&F Bovespa com trinta de seus trabalhos — pinturas desenhos e intervenções —, em que explora personagens da cultura pop e de histórias em quadrinhos.
■ Até 29/10
Jogo dos Sete Erros: o pintor paulistano Rodrigo Andrade expõe, na Galeria Estação, sua releitura de dez trabalhos do naïf Ranchinho.
■ Até 31/10
Concrete Parallels/Concretos Paralelos: realizada em dois espaços, a mostra compara o construtivismo realizado no Brasil e na Inglaterra. Para isso, foram reunidas obras de dezenove artistas nacionais e catorze ingleses na Dan Galeria e no Centro Brasileiro Britânico.
■ Respectivamente, até 04/11 e 02/12
Histórias às Margens: individual da carioca Adriana Varejão com mais de quarenta obras e uma instalação inédita no MAM.
■ Até 16/12
O Espaço Ressoante. Os Coloritmos de Alejandro Otero: quarenta obras do venezuelano Alejandro Otero, importante nome da arte abstrata latino-americana, estão expostas na Estação Pinacoteca.
■ Até 06/01/2013
Vistas do Brasil: com o intuito de mostrar o olhar estrangeiro sobre o Brasil, a Pinacoteca do Estado reúne 25 criações de europeus, realizadas entre 1827 e 1835.
■ Até 27/01/2013
FOTOGRAFIA, VÍDEO E MULTIMÍDIA
Os Últimos Dias de Watteau: a fotonovela da mineira radicada na Dinamarca, Tamar Guimarães, é projetada com slides no Galpão Fortes Vilaça.
■ Até 13/10
Da Próxima Vez Eu Fazia Tudo Diferente: a coletiva de estreia do Pivô — novo centro cultural no Copan — traz obras de catorze artistas que interagem com o ambiente. Duas instalações de artistas da Galeria Emma Thomas e uma segunda exposição da Mendes Wood também ocupam o espaço.
■ Até 14/10
Chambí Inédito: mostra na Galeria Fass exibe 24 imagens do peruano Martín Chambí, primeiro fotógrafo indígena latino-americano. Elas registram o cotidiano de seu país de origem.
■ Até 20/10
Interior Profundo: Mestre Júlio Santos: a visão peculiar do artista cearense é vista na exposição na Pinacoteca do Estado, que traz 120 de suas fotopinturas.
■ Até 21/10
Do Corte: a primeira individual em São Paulo do mineiro Pablo Lobato reflete, por meio de fotografias e uma instalação, sobre a diferença entre aquilo que é capturado pelas lentes da câmera e o que é excluído, na Luciana Brito Galeria.
■ Até 27/10
Inconstância Material: o mexicano radicado no Brasil, Hector Zamora, usa materiais pesados para criar estruturas que aparentam leveza em performances feitas duas vezes ao dia na Luciana Brito Galeria.
■ Até 27/10
Banco de Ideias: mostra com cerca de cem projetos do recifense Paulo Bruscky – muitos deles não realizados, como os que foram proibidos durante a ditadura militar – está em cartaz no Instituto Tomie Ohtake.
■ Até 28/10
Luz em Corpo e Alma: a primeira coleção de 26 imagens do carioca Walter Firmo na cidade de São Paulo, escolhidas pelo próprio fotógrafo com um recorte afetivos. Em exibição na Ímã Foto Galeria.
■ Até 31/10
Lo Beuno y Lo Malo: estão na Galeria Nara Roesler as obras de dois coletivos e doze artistas de diferentes nacionalidades que têm em comum a reflexão sobre a sensibilidade de certas ações frente às hegemonias política e econômica mundiais.
■ Até 03/11
Contrapontos: coletiva com instalações de oito artistas e um grupo. Elas interagem com as obras e ambientes do Museu de Arte Sacra.
■ Até 04/11
Exceções: a israelense Nira Pereg exibe três trabalhos de videoarte — “Shabat 2008”, “Kept Alive” e o novo “Abraham, Abraham” — no Centro de Cultura Judaica.
■ Até 04/11
Luz, Cedro e Pedra – Esculturas do Aleijadinho Fotografadas por Horacio Coppola: o fotógrafo argentino Horacio Coppola tem 81 de suas imagens clicadas em 1945, quando retratou as obras do mineiro Aleijadinho, expostas no Instituto Moreira Salles.
■ Até 11/11
Geopoéticas: primeira individual do inglês Isaac Julien no Brasil reúne quatro instalações audiovisuais em múltiplas telas, no Sesc Pompeia.
■ Até 16/12
ARQUITETURA E DESIGN
Morphosis, Forma Combinatória de Thom Mayne: primeira individual no Brasil do arquiteto norte-americano Thom Mayne com 86 maquetes e painéis fotográficos de suas intervenções urbanas pelo mundo. No Instituto Tomie Ohtake.
■ Até 04/11
A Essência das Coisas: sete vídeos e quinze peças do designer americano Todd Bracher, conhecido por suas formas arredondadas e simplificadas, são encontradas no Museu da Casa Brasileira.
■ Até 21/10
ESCULTURA, MONTAGEM E OUTROS
Between Timid and Timbuktu: a mexicana Julieta Aranda tem sua primeira individual no Brasil, com imagens coladas em espelhos que discutem tempo e espaço.
■ Até 06/10
É o Que É: com variedade de materiais — escultura, cerâmica, desenho, foto e vídeo —, a italiana naturalizada brasileira Anna Maria Maiolino tem nova individual por aqui, na Galeria Millan.
■ Até 06/10
Muito Além da Pintura: esculturas, desenhos e gravuras de artistas da década de 80 ganham destaque na Galeria Transversal.
■ Até 13/10
Hardware Seda — Hardware Silk: doze peças da artista paulistana Jac Leirner, feitas com objetos cotidianos como cartões-postais, ferragens, correntes e cabos de aço, estão na Galeria Fortes Vilaça.
■ Até 27/10
Obsessões da Forma: Esculturas da Coleção Masp: são cinquenta peças em exposição no Masp, que vão da beleza promovida pelos escultores franceses até formas grotescas e abstração.
■ Até 31/10
Lygia Clark: uma Retrospectiva: as cerca de 150 obras entre esculturas, pinturas e projetos de experiência sensorial da artista mineira estão no Itaú Cultural.
■ Até 11/11