Filmes e mostra relembram os 75 anos de nascimento de Vladimir Herzog
Programação conta ainda com curso de cinema com documentarista chileno Patrício Gúzman
O jornalista, dramaturgo e professor Vladimir Herzog morreu em outubro de 1975. Acusado de manter ligações com o então ilegal Partido Comunista Brasileiro, no dia 25 daquele mês ele foi encontrado, segundo a versão oficial, “enforcado com o cinto de sua própria roupa”, numa cela do DOI-CODI (Centro de Operações de Defesa Interna). Foi assim que Vlado, como era conhecido pelos amigos, tornou-se um dos maiores símbolos de resistência contra o regime militar.
Para comemorar os 75 anos de seu nascimento, o Instituto Vladimir Herzog preparou uma programação que engloba a exibição de filmes e um curso de cinema com o premiado documentarista chileno Patrício Gúzman. A oficina, cujas inscrições podem ser feitas aqui, será ministrada na Cinemateca, que também sediará uma exposição de cartazes sobre a anistia (de 31 de maio a 8 de julho).
A mostra Memória e Transformação: o Documentário Político na América Latina Ontem e Hoje, entre outros títulos, exibirá “Vlado, 30 Anos Depois” (2005), de João Batista de Andrade; “Diário de uma Busca” (2010), de Flávia Castro – premiado nos festivais de Gramado e do Rio –; e “Utopia e Barbárie” (2005), de Silvio Tendler. As exibições ocorrem na Cinemateca e no Cinesesc e são todas gratuitas.
O Auditório Ibirapuera também participa da homenagem, com a apresentação multimídia “O Diário de Anne Frank”. Pela primeira vez exibido fora da Europa, o espetáculo conta com mais de 180 pessoas no palco – entre cantores, atores, bailarinos e músicos – para contar a história da garota que se tornou símbolo das vítimas do Holocausto. As apresentações ocorrem nos dias 29 e 30 de junho e 1º de julho e são gratuitas.
A programação completa dos eventos está disponível aqui.