Exame confirma fratura em braço de dirigente do PT agredido por PM
Geovani Doratiotto foi imobilizado por um policial quando estava em uma delegacia de Atibaia, no interior de SP
Um exame médico constatou que o dirigente do PT Geovani Doratiotto fraturou o braço esquerdo depois de ter sido agredido por um policial militar em Atibaia, no interior de São Paulo. Segundo o laudo, Doratiotto fraturou o úmero e lesionou um nervo.
O caso aconteceu no domingo (3), durante um bloco de Carnaval da cidade. Um vídeo que circulou pelas redes sociais nesta segunda-feira (4) mostra o momento que o PM dá o golpe no rapaz. Na gravação, é possível ouvir o som do estalo.
A Polícia Militar afastou os agentes envolvidos no caso até concluir sua investigação interna. Em um texto publicado no Facebook, Pham Dal Bello, mulher de Doratiotto, escreveu que o rapaz tinha “quebrado o úmero”. Questionada se já havia confirmação médica da fratura, Pham se recusou a conceder entrevista a VEJA SÃO PAULO.
Depois de assistir ao vídeo, o ortopedista Joaquim Grava, médico do Corinthiahs, disse à reportagem que era “muito difícil alguém fraturar o braço” com um golpe igual àquele.
No texto que postou no Facebook, Pham escreveu que ela e o marido foram agredidos por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro durante o Carnaval Ainda segundo o relato dela, Doratiotto teria sido espancado e que, por isso, teriam ido prestar queixa na delegacia.. Junto com o texto, Pham publicou fotos do dirigente do PT com hematomas e cortes no rosto.
A versão da Secretaria de Segurança é diferente. Em nota, a secretaria informou que Doratiotto foi encaminhado à delegacia porque ele teria “agredido pessoas”.