Ex-apresentadores da Cultura criticam “desmonte” da emissora
Em vídeo, Luciano Amaral, Sabrina Parlatore e Manuel da Costa Pinto enumeram programas tirados do ar. Em julho, canal público demitiu mais de cinquenta funcionários
Ex-apresentadores e produtores da TV Cultural divulgaram vídeo chamando a atenção para o fim de programas e convidando os espectadores a assinarem uma petição on-line em prol da emissora pública. O documento será encaminhado ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) e ao presidente da Cultura, Marcos Mendonça.
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Na gravação, Luciano Amaral (Lucas Silva e Silva, do Mundo da Lua), Sabrina Parlatore (Vitrine), Manuel da Costa Pinto (Entrelinhas e Letra Viva) aparecem enumerando as atrações que foram tiradas do ar da Cultura nos últimos anos. Na relação estão também Zoom, Cocoricó, Mosaicos, Programa Novo, Pé na Rua e Cartãozinho Verde.
A petição, que pode ser assinada clicando aqui, diz que, nos últimos anos, o canal público vem passando por desmonte e terceirização da programação. “Acompanhamos esse processo estarrecidos, mas não passivamente. Vamos lutar para impedir o desmanche da Cultura. Queremos a Cultura Viva, refletindo a diversidade e a pluralidade do povo paulista e brasileiro. Queremos a Cultura Viva, mas queremos que ela seja ainda mais pública, que ouça a sociedade, que espelhe de forma criativa a complexidade e a efervescência cultural do nosso estado e do Brasil.”
O documento já havia sido assinado por mais de 19 000 pessoas. A expectativa do grupo é conseguir 50 000.
Em nota, a Cultura informou que, assim como outras empresas e instituições, tem tentado atravessar o difícil momento econômico do país com “mínimo de danos possíveis”. “Nas últimas semanas, muitas pessoas têm se manifestado, especialmente nas redes sociais, sobre a TV Cultura. Respeitamos todas as opiniões, porém, queremos esclarecer que não há desmonte ou terceirização da emissora.”
No mês passado, mais de cinquenta funcionários da Cultura foram demitidos, entre eles Marina Person, uma das apresentadoras do Metropolis. Em nota, o canal gerido pelo governo do estado informou que os cortes são resultado das dificuldades financeiras decorrentes da situação econômica do país.