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Estação Vila Sônia começa a operar no dia 18, mas sem extensões prometidas

Plano era levar metrô até Taboão da Serra, projeto que foi abandonado; estação funcionará somente das 10 às 15h até maio de 2022

Por Sérgio Quintella Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 10 dez 2021, 15h07 - Publicado em 10 dez 2021, 06h00

Prometida para ser entregue em 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil, a Estação Vila Sônia do Metrô, a 11ª e última da Linha 4 – Amarela, vai começar a operar em caráter de testes no próximo dia 18.

Na véspera, o governador João Doria irá ao local cortar a faixa de inauguração, cujas imagens certamente farão parte de sua campanha à Presidência da República, em 2022.

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A um custo de cerca de 2 bilhões de reais, a estação contará com um terminal de ônibus (haverá linhas municipais e metropolitanas) e ligará as avenidas Francisco Morato e Eliseu de Almeida, além de sua continuação, a Avenida Pirajussara. Por dia, cerca de 90 000 passageiros deverão circular pelo espaço.

Imagem mostra escada rolante com fundo iluminado.
Conjunto de escadas: a quarta estação mais profunda da Linha 4. (Alexandre Battibugli/Veja SP)

Apesar do início das operações, os trens só funcionarão em seu horário integral a partir de maio de 2022. Até lá, os testes serão feitos entre as 10 e as 15 horas, fora do período de pico.

A 29 metros abaixo da terra, a quarta mais profunda da Linha 4 — perde para as estações Paulista (55 metros), Butantã (51 metros) e Pinheiros (31 metros) —, a Vila Sônia terá vinte escadas rolantes, treze fixas e cinco elevadores.

Imagem mostra texto sobre fundo cinza
A Estação em números. (Reprodução/Veja SP)

Em 2 de dezembro, Vejinha esteve no local para uma visita e verificou que as estruturas e instalações estão todas prontas. Funcionários da limpeza correm para tirar a poeira do piso e de 980 metros quadrados de vidros.

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“Recentemente o Corpo de Bombeiros esteve aqui e fizemos um teste de fumaça, com uma máquina que é usada em festas, e em um minuto todo o vapor foi limpo pelos exaustores”, afirma o engenheiro Marcelo Tobias, chefe do departamento de implantação de sistemas do Metrô.

Imagem mostra homem de camseta preta e calça jeans apertando um botão em um corredor.
Tobias, do Metrô: “despejo” próximo após quatro anos. (Alexandre Battibugli/Veja SP)

Ele “pula” de estação em estação desde 2010, quando o ramal entrou em operação. Seu trabalho termina quando o último parafuso for pregado e o último cabo, conectado. Depois de findos os testes elétricos, hidráulicos e de sistema, toda a operação será repassada para a Via Quatro, concessionária que administra a linha.

Apesar da festa que será feita pelo governador tucano no próximo dia 17, a gestão que o antecedeu, de seu ex-aliado Geraldo Alckmin, não cumpriu a promessa de estender a linha até Taboão da Serra, a pouco mais de 4 quilômetros da Vila Sônia.

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“O Metrô não tem uma estação fora de São Paulo. (A companhia) se chama Metropolitano, mas atende só uma cidade, que é a capital. Pela primeira vez, o Metrô vai sair de São Paulo, chegando até Taboão da Serra”, disse Alckmin, nove anos atrás.

Esse projeto nunca andou. Agora, a ordem no governo Doria é cumprir as entregas programadas. “Por orientação do governador, a gente trabalha com o que é viável, não abre o leque, buscando eficiência máxima”, afirma o secretário de Transportes, Paulo José Galli.

Imagem mostra rua com fachada de concreto ao fundo.
Fachada de concreto: ligação com o terminal de ônibus. (Alexandre Battibugli/Veja SP)

Apesar dos planos de contenção, Galli prevê duas novas estações para a Linha 5 – Lilás, na Zona Sul. “Estamos negociando os estudos ambiental, de demanda e de desapropriação para levar o metrô até o Jardim Ângela.”

Não há prazo para o início (e claro, o fim) das obras. Enquanto isso, a interminável obra do Monotrilho da Avenida Roberto Marinho, cuja inauguração também estava prevista para a Copa de 2014, segue a passos lentos e não ficará pronta a tempo do Mundial do Catar, daqui a um ano.

“A gente pretende no segundo semestre do ano que vem ver os trens entregues e começar a fazer testes. É uma obra bastante complexa. Toda noite precisamos parar a Marginal Pinheiros para instalar as vigas”, justifica Galli.

Inicialmente previsto para ligar o Aeroporto de Congonhas a Paraisópolis, o projeto foi interrompido no meio do caminho e não cruzará o poluído Rio Pinheiros em direção à segunda maior favela de São Paulo.

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Publicado em VEJA São Paulo de 15 de dezembro de 2021, edição nº 2768

 

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