Estação Vila Sônia começa a operar no dia 18, mas sem extensões prometidas
Plano era levar metrô até Taboão da Serra, projeto que foi abandonado; estação funcionará somente das 10 às 15h até maio de 2022
Prometida para ser entregue em 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil, a Estação Vila Sônia do Metrô, a 11ª e última da Linha 4 – Amarela, vai começar a operar em caráter de testes no próximo dia 18.
Na véspera, o governador João Doria irá ao local cortar a faixa de inauguração, cujas imagens certamente farão parte de sua campanha à Presidência da República, em 2022.
+ A rua mais cara de São Paulo tem apartamentos de até R$ 30 milhões
A um custo de cerca de 2 bilhões de reais, a estação contará com um terminal de ônibus (haverá linhas municipais e metropolitanas) e ligará as avenidas Francisco Morato e Eliseu de Almeida, além de sua continuação, a Avenida Pirajussara. Por dia, cerca de 90 000 passageiros deverão circular pelo espaço.
Apesar do início das operações, os trens só funcionarão em seu horário integral a partir de maio de 2022. Até lá, os testes serão feitos entre as 10 e as 15 horas, fora do período de pico.
A 29 metros abaixo da terra, a quarta mais profunda da Linha 4 — perde para as estações Paulista (55 metros), Butantã (51 metros) e Pinheiros (31 metros) —, a Vila Sônia terá vinte escadas rolantes, treze fixas e cinco elevadores.
Em 2 de dezembro, Vejinha esteve no local para uma visita e verificou que as estruturas e instalações estão todas prontas. Funcionários da limpeza correm para tirar a poeira do piso e de 980 metros quadrados de vidros.
“Recentemente o Corpo de Bombeiros esteve aqui e fizemos um teste de fumaça, com uma máquina que é usada em festas, e em um minuto todo o vapor foi limpo pelos exaustores”, afirma o engenheiro Marcelo Tobias, chefe do departamento de implantação de sistemas do Metrô.
Ele “pula” de estação em estação desde 2010, quando o ramal entrou em operação. Seu trabalho termina quando o último parafuso for pregado e o último cabo, conectado. Depois de findos os testes elétricos, hidráulicos e de sistema, toda a operação será repassada para a Via Quatro, concessionária que administra a linha.
Apesar da festa que será feita pelo governador tucano no próximo dia 17, a gestão que o antecedeu, de seu ex-aliado Geraldo Alckmin, não cumpriu a promessa de estender a linha até Taboão da Serra, a pouco mais de 4 quilômetros da Vila Sônia.
+Assine a Vejinha a partir de 6,90.
“O Metrô não tem uma estação fora de São Paulo. (A companhia) se chama Metropolitano, mas atende só uma cidade, que é a capital. Pela primeira vez, o Metrô vai sair de São Paulo, chegando até Taboão da Serra”, disse Alckmin, nove anos atrás.
Esse projeto nunca andou. Agora, a ordem no governo Doria é cumprir as entregas programadas. “Por orientação do governador, a gente trabalha com o que é viável, não abre o leque, buscando eficiência máxima”, afirma o secretário de Transportes, Paulo José Galli.
Apesar dos planos de contenção, Galli prevê duas novas estações para a Linha 5 – Lilás, na Zona Sul. “Estamos negociando os estudos ambiental, de demanda e de desapropriação para levar o metrô até o Jardim Ângela.”
Não há prazo para o início (e claro, o fim) das obras. Enquanto isso, a interminável obra do Monotrilho da Avenida Roberto Marinho, cuja inauguração também estava prevista para a Copa de 2014, segue a passos lentos e não ficará pronta a tempo do Mundial do Catar, daqui a um ano.
“A gente pretende no segundo semestre do ano que vem ver os trens entregues e começar a fazer testes. É uma obra bastante complexa. Toda noite precisamos parar a Marginal Pinheiros para instalar as vigas”, justifica Galli.
Inicialmente previsto para ligar o Aeroporto de Congonhas a Paraisópolis, o projeto foi interrompido no meio do caminho e não cruzará o poluído Rio Pinheiros em direção à segunda maior favela de São Paulo.
+Assine a Vejinha a partir de 6,90.
Publicado em VEJA São Paulo de 15 de dezembro de 2021, edição nº 2768
Largo da Batata terá festival gratuito de Halloween com ‘Noite do Terror’
Fiesta de Día de Muertos: confira programação de evento mexicano na Barra Funda
Parque aquático em SP é um dos mais visitados do mundo
Quem é Sandra Regina Ruiz Gomes, a namorada de Suzane Richthofen na cadeia
Casa Allamanda, mix de bistrô e padaria, é um achado no Alto de Pinheiros





