Numa lona apertadinha ou no conforto de uma grande casa de shows? Não importa onde o paulistano prefira assistir a um espetáculo de circo. A temporada agitada do gênero – atualmente, são ao menos cinco peças em cartaz – conta com opções para diferentes gostos. Império da Mongólia, atração protagonizada pelo asiático Circo de Beijing, será apresentada até este domingo (10) no Via Funchal. O forte dos 39 artistas da companhia são as acrobacias. Outro grupo de fora do país, o canadense Les 7 Doigts de la Main, estréia Traces (assista ao vídeo ) na quarta (13) no Citibank Hall. A trupe foi fundada em 2002 por sete artistas que haviam deixado o famoso Cirque du Soleil. “Tenho certeza de que esta será a primeira de muitas turnês pelo Brasil”, diz Shana Carroll, uma das diretoras. Na trama, cinco jovens trancados em um bunker usam a dança, o teatro, a música, o skate e o circo para se expressar.
Igualmente conhecida pela fusão de linguagens, a Companhia Brasileira de Teatro Circo Fractais, dirigida por Marcelo Castro, leva ao Teatro do Colégio Santa Cruz o inédito Universo Umbigo. No palco a partir de domingo (17), a produção de 450 000 reais terá figurinos do estilista Jum Nakao e trilha interpretada ao vivo pela banda Karnak. Bem mais modesto, o Circo Vox segue com o divertido Curta a Temporada até dezembro. Em sua lona fixa, armada na Chácara Santo Antônio, cabem apenas 160 pessoas. Um dos criadores do Circo Roda Brasil, o ator e diretor Hugo Possolo acredita que a boa fase está ligada à profissionalização do setor. “Depois das dificuldades dos anos 70 e 80, vimos que só a melhora na gestão poderia garantir a qualidade dos espetáculos”, afirma ele. Prova disso é o sucesso de sua mais recente montagem, exibida no Memorial da América Latina. Em apenas seis semanas, Oceano, que recebeu investimento de mais de 1 milhão de reais, alcançou 23 000 espectadores.