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Escola Raul Brasil, alvo de massacre em 2019, é entregue reformada

João Doria esteve no endereço nesta terça (26). Além das novas instalações, Eduardo Kobra fará mural de homenagem às crianças

Por Agência Brasil
26 Maio 2020, 20h42
João Doria durante entrega das obras da escola de Suzano (Governo de SP/Divulgação)
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Após seis meses de trabalho, a reforma da escola Raul Brasil, em Suzano, foi encerrada. A escola, que no ano passado foi alvo de um massacre, conta agora com novas áreas de convivência, espaço de inovação e dispositivos de segurança.

Segundo o governo paulista, as obras foram concluídas no mês passado, mas a inauguração só deve ocorrer após a pandemia do coronavírus, quando as aulas presenciais forem retomadas no estado.

A revitalização da escola tinha como intenção ressignificar os espaços, oferecendo mais conforto e mais segurança aos funcionários e alunos. As áreas comuns, segundo o governo, foram reconfiguradas. Antigas estruturas da escola foram demolidas e deram espaço a novas salas de aula, banheiros acessíveis, salas de leitura e de informática, além de uma nova cantina. No prédio principal haverá um espaço de inovação, um laboratório equipado com 47 notebooks, Smart TV e impressora 3D.

O acesso à escola também foi alterado, passando a ser feito agora, durante o turno escolar, pela Rua José Garcia de Souza. Esse acesso será restrito a alunos, professores e demais funcionários. Pais e visitantes deverão entrar pela secretaria da escola, em uma acesso independente, construído com vidro blindado. Este mesmo acesso será utilizado por alunos, funcionários e professores fora do horário escolar.

A escola também ganhou mais cores. Além das salas de aula e dos pisos coloridos, o artista brasileiro Eduardo Kobra e sua equipe vão pintar painéis internos e os muros externos da escola. Os desenhos para o muro principal serão criados a partir de um concurso que reuniu alunos das 60 escolas da região de Suzano e vai selecionar os melhores trabalhos.

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Todo o projeto de revitalização, que foi iniciado em outubro do ano passado, custou 3,1 milhões de reais, dos quais 2,7 milhões foram patrocinados por empresas parceiras do Instituto Ecofuturo. O governo de São Paulo investiu outros 400 000 para adquirir o mobiliário, equipamentos e complementar o valor da obra.

Massacre

O ataque à escola ocorreu manhã do dia 13 de março do ano passado. Naquele dia, dois ex-alunos – um adolescente de 17 anos e um rapaz de 25 anos – encapuzados e armados, entraram na escola armados e atiraram contra alunos, funcionários e professores. Dez pessoas morreram: duas funcionárias da escola, cinco alunos, um comerciante que era tio de um dos atiradores e os dois atiradores. O atentado deixou ainda 11 feridos.

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