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Cidade muda de nome para Embu das Artes

Por meio de plebiscito, moradores decidiram adotar o sucesso da feirinha de artesanato

Por Nathalia Zaccaro
Atualizado em 5 dez 2016, 18h06 - Publicado em 12 Maio 2011, 19h32
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  • Quando se fala de Embu das Artes, logo vem à cabeça a imagem de um dos programas clássicos dos domingos paulistanos: acordar cedo e pegar 27 quilômetros de estrada até desembocar em charmosas vielas de paralelepípedo, palco de um comércio que reúne uma miscelânea de barracas de artesanato, ateliês de pintores, lojas de móveis, antiquários (alguns bastante suspeitos) e quase tudo o mais que se possa imaginar: de shows de música boliviana a restaurantes de culinária mineira. Um público igualmente eclético, estimado em 20.000 pessoas, frequenta a feira aos sábados e domingos, das 9 às 18 horas.

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    + Os melhores e mais tradicionais endereços de Embu das Artes

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    Passeando entre as barracas a céu aberto é possível encontrar donas de casa, estudantes, casais jovens, decoradores e malucos-beleza querendo mostrar algum trabalho. A turma alternativa, aliás, está intimamente ligada à expansão do comércio. Foi a chegada dos hippies nos anos 70 à região que ajudou o negócio a deslanchar. “Transformamos isto aqui num reduto de criatividade”, afirma o artista plástico Wanderley Ciuffi .

    Essa tradição existe há 42 anos e cresceu a tal ponto que virou o cartão-postal do município e uma de suas principais fontes de renda. Por causa disso, realizou- se no início do mês um plebiscito para oficializar a alcunha pela qual a cidade ficou conhecida. A mudança foi aprovada pela maioria da população de 244.000 habitantes. “Estava mais do que na hora de assumirmos essa história”, diz o prefeito Francisco Brito, um dos principais entusiastas da ideia. Para comemorar a vitória, ele encomendou treze portais, que vão ser espalhados por lá com a nova denominação, a um custo de 1,5 milhão de reais.

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    Nos últimos tempos, têm aumentado as visitas de grupos de estrangeiros. A variedade é tanta que, de vez em quando, aparece um comprador inusitado, como aconteceu com o feirante Ayrton Duarte, em 1995. “Eu estava quieto na minha barraca quando vieram me avisar que ele tinha gostado de um dos meus anéis”, lembra, referindo-se ao cantor Mick Jagger, que na época fazia a primeira turnê brasileira dos Rolling Stones. “Acabei vendendo a peça por 100 dólares.”

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    É verdade que muitos visitantes vindos de fora enfrentam dificuldades devido à precariedade da infraestrutura voltada para eles. “Amo as lojas e o clima daqui, mas não há ninguém que consiga me entender e dar informações no meu idioma”, reclamou o funcionário público inglês William Smith, no domingo (8).

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    Além do circuito de compras, Embu das Artes conta com alguns bons restaurantes e opções de passeio. Para não congestionar as vielas, o crescimento do comércio é controlado. Qualquer candidato a expositor passa por um processo seletivo. Uma vez por ano são abertas inscrições, e os interessados precisam provar para um júri de artistas que estão capacitados para montar uma barraca para vender suas mercadorias.

    UM DOS CLÁSSICOS DOS DOMINGOS

    Números do comércio do município, que fica a 27 quilômetros da capital

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    42 anos é o tempo que a feira a céu aberto funciona ali

    540 expositores exibem seus produtos

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    20.000 visitantes são recebidos por fim de semana

    8 milhões de reais é quanto os comerciantes e restaurantes do município faturam por mês

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