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Africano com suspeita de ebola é diagnosticado com malária em São Paulo

Homem procedente do Benim foi resgatado no Viaduto do Chá e encaminhado ao Emílio Ribas

Por Veja São Paulo
Atualizado em 5 dez 2016, 13h48 - Publicado em 19 nov 2014, 23h31

Um homem africano que foi resgatado nesta quarta (19) no Viaduto do Chá, no centro da capital, após cair no chão apresentando febre, vômitos e dores no corpo, foi diagnosticado com malária. A suspeita inicial era de que ele tivesse ebola, o que foi descartado.

Equipes do Corpo de Bombeiros e do Samu foram até o local e encaminharam o paciente ao Instituto de Infectologia Emílio Ribas, no Pacaembu, onde ele passou por exames para detectar o vírus do ebola. As primeiras avaliações dos médicos do hospital, no entanto, indicaram que essa possibilidade era remota. O homem é de origem liberiana, mas chegou a São Paulo vindo do Benim, país da costa ocidental africana que não está entre os principais focos da recente epidemia que acomete o continente. Ele estaria morando em um prédio ocupado do centro.

Há algumas semanas, o Emílio Ribas passou a reservar dezessete leitos de UTI individuais com banheiro e 1 500 kits de roupa de proteção para tratar casos da doença. Esses quartos contam com filtros de ar para impedir a saída de partículas infectantes.

+ Como a cidade está se preparando para atender casos suspeitos de ebola

Em uma antessala protegida, os profissionais podem vestir os trajes especiais antes de entrar no ambiente. Ao final, as peças são trituradas e aquecidas em um processo semelhante ao que ocorre no forno de micro-ondas doméstico. Por ali, foram treinadas vinte equipes médicas.

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O Brasil teve dois “alarmes falsos” de ebola no mês passado, em Cascavel e Foz do Iguaçu. Altamente letal, o vírus causa febre hemorrágica grave e é disseminado por contato direto com fluidos corporais e secreções de pessoas ou animais contaminados.

Não há evidências de que ele seja transmitido pelo ar. A atual epidemia, concentrada na África, já registrou mais de 13 000 infectados e quase 5 000 mortos em oito países, principalmente Libéria, Serra Leoa e Guiné.

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