Criado em 2000 com o intuito de fortalecer o acervo do Museu de Arte Moderna e de incentivar o colecionismo, além de contribuir para a expansão da produção nacional, o Clube de Fotografia do MAM ganha uma retrospectiva de sua trajetória. Podem ser apreciadas na Sala Paulo Figueiredo todas as 55 imagens feitas ou reimpressas ao longo da década. Coube ao curador Eder Chiodetto organizá-las em cinco eixos temáticos: ‘Identidade nacional’, ‘Documental imaginário’, ‘Limites/ Metalinguagem’, ‘Vanguardas históricas’ e ‘Retrato/Autorretrato’. Atualmente, as 100 vagas disponíveis para associados estão ocupadas — a lista de espera chega a cinquenta pessoas. Ao custo anual de 3 000 reais, os membros do clube recebem cinco obras por ano.
Precursores vanguardistas constam na seleção, caso de German Lorca, Thomaz Farkas e Boris Kossoy. A realidade social do país — sobretudo a situação dos índios, a herança escravagista e o crescimento das metrópoles — sobressai nos registros de Claudia Andujar e Walter Firmo. Contemporâneos apostam em uma pegada menos documental e em técnicas de montagem. Não à toa, é possível encontrar nomes de outras áreas revelando talento com a câmera. Entre eles estão o cineasta Cao Guimarães e a pintora Adriana Varejão, cuja fotografia de um boteco do Rio de Janeiro remete à investigação dos espaços vazios em seus óleos.
AVALIAÇÃO ✪✪✪