Produtora do CSI: Miami conta o que é real e o que é ficção no seriado
Perita criminal aposentada, Elizabeth Devine esteve em Ribeirão Preto no último sábado (3) para um encontro sobre ciências forenses
A americana Elizabeth Devine, perita criminal aposentada e produtora executiva do seriado CSI Miami, esteve no Brasil no sábado (3) para realizar uma palestra no 5º. Enqfor – Encontro Nacional de Química Forense, evento organizado pela USP que reúne diversos especialistas da área.
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Elizabeth trabalhou durante 15 anos no Los Angeles Sheriff’s, departamento de polícia da cidade californiana, e se tornou especialista em investigações de cenas de crime, o que a levou a trabalhar em casos famosos.
Depois de se aposentar, começou a trabalhar na televisão, orientando e dirigindo atores do seriado CSI: Investigação Criminal. Também participou das franquias CSI: Miami e CSI: New York. Alguns dos casos apresentados nas séries foram baseados em crimes que Elizabeth investigou durante sua carreira policial.
Em entrevista a VEJA SÃO PAULO, Elizabeth disse que não são só os telespectadores comuns que, ao assistir à série, não sabem distinguir o que é realidade do que é ficção. “Isso também acontece com os policiais”, afirmou ela, que chama esse fenômeno de Efeito CSI.
Confira o que é realidade e o que é pura fantasia, segundo a americana:
Na ficção: os exames que são feitos durante uma investigação costumam ter seus resultados entregues em poucas horas.
No mundo real: não é tão rápido assim. Alguns tipos de exames podem levar semanas para ficar prontos.
Na ficção: os peritos fazem pesquisas no computador e obtêm o resultado em algumas horas.
No mundo real: esse trabalho costuma durar dias ou semanas, dependendo do caso.
Na ficção: cada equipe policial cuida de um caso por vez e se dedica integralmente a ele.
No mundo real: isso não é verdade nem no Brasil, nem nos Estados Unidos. Cada profissional costuma ter diversos casos para resolver ao mesmo tempo.
Na ficção: os laboratórios são lotados de apetrechos de pesquisa e equipamentos de última geração para auxiliar nas investigações.
No mundo real: é tudo condizente com a realidade – pelo menos, a da polícia americana.