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Contra o desperdício de água

A instalação de medidores individuais pela Sabesp gera economia nos condomínios

Por Paula Ungar
Atualizado em 5 dez 2016, 19h21 - Publicado em 18 set 2009, 20h36
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    Quem vive em prédio sabe. No fim do mês, quando chega a conta do condomínio, o gasto com a água é, quase sempre, uma surpresa irritante. Os moradores que tomam cuidado para não deixar a torneira aberta fora de hora e mandam consertar rapidamente qualquer vazamento que apareça pagam pelos vizinhos que se esquecem da vida debaixo do chuveiro. Isso ocorre porque o custo é dividido de forma igual entre todas as unidades. Para acabar com as constantes reclamações e, diga-se, com a injustiça do rateio, diversos edifícios residenciais e comerciais da cidade começam a adotar a medição individual. “A solução evita desperdício e estimula o uso racional da água, um bem em escassez”, diz Maria Lúcia dos Santos Tiballi, superintendente de marketing da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Estima-se que a medida gere uma economia de 20% a 30% no boleto do condomínio. Vale lembrar que o consumo de água é o segundo índice que mais encarece a conta mensal de um edifício — em primeiro lugar está a folha de pagamento dos funcionários e respectivos encargos.

    O consultor cirúrgico Leandro Antônio Gonçalves foi um dos que saíram ganhando com a mudança. Ele mora com a mulher no bairro do Rio Pequeno. Os dois viajam a trabalho pelo menos duas vezes por mês e pagavam mais de 1 000 reais de condomínio. Agora, o valor não passa de 750 reais. “Consegui uma redução de 60% na minha conta de água após a individualização”, afirma. Em seu prédio vivem famílias que gastam cerca de 600 reais só com a água. “Logo nos primeiros meses após a adoção do sistema, essas pessoas vinham se queixar que estavam pagando muito”, conta o síndico, Roberto Gomes. “Achavam que o medidor estava quebrado.” Segundo ele, demorou para que percebessem que o abuso saía das próprias torneiras.

    Tramita no Congresso Nacional um projeto de lei para que o registro individual se torne obrigatório para novos edifícios. Condomínios antigos poderão decidir em assembléia se vale a pena adotá-lo. Isso porque a mudança não é viável em todos os prédios. Em alguns, exige uma reforma da parte hidráulica tão complexa que os custos não compensam. “O preço da instalação pode chegar a 3 000 reais por apartamento”, explica Marco Aurélio Teixeira, gerente comercial de uma empresa que trabalha com a colocação desses medidores e desde janeiro implantou o sistema em trinta edifícios na cidade. O preço da adaptação varia conforme a idade da construção e o tipo de hidrômetro escolhido. Num prédio novo, preparado para receber os medidores individuais, pode ser de 500 reais.

    Quanto custa para implantar o sistema

    Cada condômino gasta entre 500 e 3000 reais. Segundo especialistas, com a redução na conta de água, o investimento pode ser recuperado em três anos

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