Confronto entre manifestantes e policiais na casa de Temer
Polícia usou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes. Agências bancárias, supermercados e restaurantes dos arredores foram depredados
Os milhares de manifestantes que se reuniram nesta sexta-feira (28) no Largo da Batata, em Pinheiros, em protesto contra as reformas da Previdência e trabalhista, chegaram por volta das 20h10 nas proximidades da residência de Michel Temer, em São Paulo – o presidente, no entanto, não está em casa e sim, em Brasília.
O carro de som, comandado pelo líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Guilherme Boulos, estacionou em uma praça a cerca de um quilômetro de distância do imóvel; mas alguns manifestantes seguiram até a residência. Ao chegarem, foram alertados pela polícia a não se aproximar. Como uma parte deles não seguiu a ordem, os policiais reagiram com bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral.
Os manifestantes começaram a dispersar, mas um grupo tentou resistir, se armou de pedras e de pedaços de calçamento tirados da via pública e montou uma barricada com lixeiras arrancadas. A tropa de choque chegou e avançou em direção a ele com jatos d’água.
Os moradores entraram em desespero; começaram a dar ré nos carros e a trancar portas e janelas.
O saldo final foi de muita sujeira e depredação. O supermercado Pão de Açúcar sofreu ataques dos manifestantes. Duas agências bancárias, do Itaú e do Santander, próximas à Praça Panamericana, foram depredadas:
O bar e restaurante Senzala Bar e Grill foi apedrejado. “Foi assustador, vieram para cima. Não eram os manifestantes e sim, black blocs, mascarados e de preto, quebrando tudo e ainda por cima, filmando. Ficamos abaixados debaixo da mesa”, contou a VEJA SÃO PAULO a professora Violeta Pascoal, que estava jantando no local com seu marido, o médico Nelson Nisenbaum.
VEJA SÃO PAULO também flagrou manifestantes fazendo pichações pelo caminho: