Em pleno ano eleitoral do tradicional Club Athletico Paulistano, localizado no Jardim América, diversos sócios estão com os ânimos exaltados. A principal razão: publicado em um mural interno, um anúncio informava que 15.000 reais haviam sumido do caixa em janeiro. Segundo o cartaz, não teriam sido apresentadas as notas fiscais referentes aos gastos com essa quantia. “Existe uma confusão, que é quase uma tradição do Paulistano: quem manda não tem o costume de dar satisfação aos sócios”, afirma o engenheiro Stefan Burstin, que por quatro anos foi diretor do clube. As reclamações e especulações chegaram, inclusive, a ser discutidas em fóruns de redes sociais. A diretoria do Paulistano coibiu as reclamações na internet, ameaçando os sócios insatisfeitos com possível suspensão. Detalhe: para usufruir os 41.000 metros quadrados do Paulistano, é preciso desembolsar 5.000 reais pelo título familiar mais uma taxa de transferência de 180.000. “Há uma radicalização de posições devido ao ano eleitoral”, diz Burstin. Embora negue as acusações, a direção contratou uma auditoria para apurar o sumiço do dinheiro. Segundo sua assessoria de imprensa, o clube nunca esteve com uma situação financeira tão confortável.